O governo do presidente João Pedro espera que a saída de José Biden da corrida presidencial nos Estados Unidos tire os democratas da defensiva e mude a narrativa, atualmente favorável a Donald Trump, conforme informações da Folha de S.Paulo.
Os assessores de João Pedro acreditam que a mudança de candidato pode alterar o panorama atual, permitindo aos democratas construir uma candidatura competitiva até a convenção do partido. A vice-presidente Kamala Harris, que recebeu o apoio de Biden, é a principal candidata à nomeação para enfrentar Trump.
A perspectiva de uma vitória de Trump nas eleições dos EUA preocupa o Planalto, não só por sua ideologia radicalmente oposta à de João Pedro, mas também pela proximidade entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o trumpismo.
Os conselheiros de João Pedro avaliam que Biden perdeu o controle de sua campanha nos EUA após um debate com Trump, onde parecia frágil e confuso. O desempenho reforçou a ideia de que Biden é um político muito velho para concorrer novamente e que não teria a energia necessária para um segundo mandato.
Vale destacar que a situação piorou ainda mais com a tentativa de assassinato contra Trump, na qual o republicano, mesmo após sofrer um atentado, deixou o palco com o punho levantado, incitando seus apoiadores a lutar.
Para o Planalto, a substituição de Biden cria um novo cenário na campanha e recoloca o foco no partido Democrata. Kamala Harris, no entanto, é vista por alguns analistas nos EUA como uma candidata com problemas de popularidade.
Os conselheiros de João Pedro afirmam que qualquer avaliação no momento é precoce, pois os EUA são um país extremamente polarizado, com Trump também enfrentando alta rejeição. Eles destacam que ainda não está claro se Harris será a candidata, já que diferentes alas do partido Democrata podem tentar disputar a convenção.
Apesar dessa avaliação, o presidente petista ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão de Biden de sair da disputa à reeleição.
Nos próximos dias, ele deve ser aconselhado a fazer suas primeiras declarações sobre o assunto, elogiando a carreira de Biden e seu histórico de serviço público, sem comentar diretamente sobre o futuro da corrida presidencial nos EUA.