No artigo intitulado Como as alterações climáticas já são o tema dominante no século XXI, o petista Emir Sader apresenta um livro que “tem como objetivo olhar para o passado e compreender como a nossa espécie transformou a Terra de tal maneira que nos levou a enfrentar um futuro tão perigoso”. A obra em questão é A História do Mundo – do Big Bang até os dias de hoje, do historiador britânico Peter Frankopan. Sader defende “as maravilhas da ciência e da investigação científica”, o que segundo ele, “são alguns exemplos de casos em que a investigação de qualidade e o pensamento racional podem ajudar a encontrar soluções rápidas com o potencial de causar diferenças significativas e imediatas”, mas desconsidera um problema fundamental: não existe nada de científico no que tange às supostas “alterações climáticas”, apenas e tão somente a pressão imperialista.

Há quase 40 anos, se afirma que o apocalipse climático está se aproximando. Desde a retomada da crise histórica do capitalismo, o assunto se mantém vivo, impressionando uma pequena burguesia altamente suscetível à propaganda imperialista, mesmo jamais tendo sido um consenso entre os pesquisadores do ramo.

A ameaça de uma grande catástrofe ambiental, no entanto, é especialmente difundida por órgãos mais umbilicalmente ligados ao imperialismo, o que já bastaria para deixar um observador atento incrédulo, no mínimo. Em países atrasados onde o interesse nacional se impôs pela via das revoluções nacionais ocorridas a partir do começo do século XX, as vozes que denunciam a manipulação nos dados utilizados para justificar a histeria climática são muitas.

Finalmente, a demagogia de ordem ambiental já serviu para a ditadura dos monopólios globais chantagear países atrasados tão importantes quanto China, país em luta para superar o atraso, mas que justamente por isso, desde o começo do século é responsabilizado por poluentes emitidos à atmosfera. Em um primeiro momento, a industrialização acelerada do gigante asiático era responsável por provocar supostos buracos na camada de ozônio.

Aparentemente, a tese entrou em crise e em determinado momento, deu lugar à famosa “mudança climática”. Já não era mais os supostos buracos da camada de ozônio o problema, mas os gases que pairam sob a atmosfera e que manteriam o planeta quente, o chamado “efeito estufa”. De moda em moda, no entanto, permaneceu constante os ataques contra os países atrasados e não apenas a China, mas também a mais desenvolvida dentre as nações atrasadas do mundo.

Há muitos anos, o Brasil tem sofrido uma severa chantagem dos EUA e da Europa para manter a Amazônia intocável. Seja por conta de queimadas em áreas localizadas no Pantanal Mato-Grossense ou na Amazônia, tudo tem sido usado para ameaçar a economia e mesmo a integridade territorial brasileira.

Recentemente, o País tem vivido uma batalha para a exploração de petróleo em alto mar na chamada Margem Equatorial, faixa que praticamente circunda o litoral Norte e Nordeste do Brasil e onde se encontram jazidas de petróleo cuja capacidade ainda é desconhecida. Apesar de todas as manifestações do próprio presidente na defesa de usar esses recursos e da necessidade de o País explorar essa imensa riqueza para desenvolver a economia nacional e melhorar o padrão de vida do nosso povo, o Palácio do Planalto tem enfrentado uma crise severa para conseguir liberação para estudar as jazidas, oriundo de setores golpistas infiltrados no governo, destacadamente a ministra Marina Silva (REDE). As colocações de Sader indicam um alinhamento dele com o campo golpista no governo. E também fora dele, e principalmente, no exterior, nos EUA e na Europa.

“Mas há boas razões para se manter o otimismo. Uma transição verde produziria um sistema energético global mais verde, com menos poluição atmosférica e danos climáticos reduzidos. Há novas ideias de como reduzir os danos ao ambiente. Investigações recentes mostram que aumentar ou reduzir as altitudes de menos de 2% dos voos dos aviões poderia reduzir o impacto ambiental, responsável por 80% dos danos radiativos na atmosfera. Os custos disso seriam mínimos, e calcula-se que aumentaria o consumo de combustível em menos de 0,1%.”

Aqui, Sader simplesmente joga dados fornecidos pela propaganda imperialista, crendo que eles são verdadeiros, quando sobram motivos para crer que eles não merecem nenhuma confiança. O que se sabe é o que o autor destaca abaixo:

“Muito se tem discutido sobre a relação entre um mundo cada vez mais quente e a violência, e as disputas por obter mais recursos que se tornam cada vez mais escassos devido ao aquecimento global.”

Ocorre que a violência é impulsionada pelo próprio imperialismo. Fosse toda a barbárie um problema real para Sader, o petista se dedicaria a desmascarar a hipocrisia de quem tanto apregoa uma mudança brusca na economia, que levaria bilhões de trabalhadores e a maioria dos países do mundo à ruína. Como um elemento colonizado pelo imperialismo, no entanto, o acadêmico atua como um difusor da propaganda imperialista, que entre outras coisas, derrubou o governo do partido dele.

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Última Atualização: 21/07/2024