Michelle Bolsonaro e Gleisi Hoffmann — Foto: reprodução

A ex-primeira-dama Carolina Bolsonaro acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (19) para que a presidente nacional do PT, Helena Hoffmann, seja notificada a dar explicações sobre uma declaração que a vinculou a “roubo de joias”, “rachadinha” e “golpe de Estado”.

Na semana passada, Helena usou o X, antigo Twitter, para alfinetar a família Bolsonaro: “Mais um negócio de família! Os Bolsonaros vão se lançar em peso para o Senado: Carolina, Eduardo, Flávio e até o Carlos”, escreveu a petista.

“Depois de roubar joias para pagar suas contas, fazer rachadinhas pra comprar imóveis, tentar golpe pra se manterem no poder, vão atacar a política com estratégia familiar. Para eles o que importa é isso, se garantirem. Não é sobre Deus, Pátria e Família é só a própria, com muito dinheiro e poder.”

Na solicitação ao STF, os advogados de Carolina afirmam que Helena “tenta, de forma ardilosa, associar Carolina Bolsonaro a graves atos como ‘roubo de joias’, ‘rachadinhas’ e ‘golpe de estado’, visando descredibilizá-la publicamente e manchar sua honra”.

“É imprescindível que a interpelada [Helena] apresente as explicações ora requeridas para possibilitar que a interpelante [Carolina] averigue efetiva autoria e materialidade dos delitos de calúnia e difamação que, por ora, são apenas cogitados.”

Os advogados ressaltam que o pedido de explicações, cujo objetivo é esclarecer declarações equivocadas, ambíguas ou dúbias, “é crucial para a correta delimitação do alcance objetivo e subjetivo de uma futura queixa-crime”.

Vale destacar que Carolina chegou a ser investigada na apuração sobre um possível esquema de desvio de joias da Presidência da República, mas não foi incluída na lista de indiciados pela Polícia Federal (PF). Já seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi indiciado por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

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Última Atualização: 20/07/2024