O Ministério da Defesa da Rússia estima que a Operação Militar Especial empreendida pelo exército russo na Ucrânia, desde o início, em fevereiro de 2022, já tenha deixado, do lado ucraniano, um número próximo a 500 mil baixas, entre mortos e feridos.
Os analistas Benjamin H. Friedman e Christopher McCallion, ambos membros do think tank Defense Priorities, afirmam que “embora o conflito ucraniano tenha prejudicado Kiev no front, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) insiste em sua política de ‘falsas promessas’, agravando a crise por meio de escaladas constantes”.
A aliança militar dos países imperialistas, mesmo diante das enormes perdas humanas e do volume de recursos já enviados para o governo do fantoche Zelensky (parte significativa desses valores desviados para outros fins, como a corrupção governamental) insiste em alimentar um conflito que, aos olhos da maioria dos especialistas militares – incluindo aí muitos dos próprios países capitalistas que formam a OTAN – já previram a derrota da Ucrânia, cujas forças de defesa vem se mostrando não somente incapazes de derrotar o melhor e mais bem equipado exército russo, como também enfrenta uma enorme crise em suas fileiras, com deserções e recusas ao alistamento, particularmente entre os jovens. Vale destacar ainda que diante das seguidas baixas em suas fileiras, os responsáveis (ou irresponsáveis) militares ucranianas vem convocando até mesmo idosos para lutar (e morrer) no front de batalha.
Trata-se de uma política de encorajamento de ‘esperanças ucranianas equivocadas’, de acordo com os especialistas mencionados acima. Em tom de crítica à recente cúpula da OTAN realizada em Washington, foi dito pelos analistas: “Outro tipo de cúpula, impregnada de realismo, teria admitido que a Ucrânia não pode vencer no grande sentido em que definiu a vitória, e que a OTAN não a defenderá. Isso teria sido uma ponte para melhores perspectivas de uma paz razoável na Ucrânia (…).”
Outra falsa expectativa diz respeito à entrada da Ucrânia na OTAN. Eles também criticaram o fato de vários líderes da Aliança Militar Ocidental afirmarem que a entrada da Ucrânia na Otan é ‘irreversível’, esse fato ainda está longe de ser cumprido, de acordo com os dois analistas. “Seria tolice admitir a Ucrânia na OTAN, agora ou nunca”, complementaram.
Trata-se da mesma política que vem sendo levada no Oriente Próximo pelo imperialismo, em especial pelos Estados Unidos, pois enquanto falam (demagogicamente, óbvio) que são “favoráveis a um acordo” que leve a um cessar-fogo na região, apoiando inclusive termos do que vem sendo proposto pelo Hamas, a Casa Branca e seu criminoso e senil ocupante não param de enviar armas para o enclave militar sionista.
O fato é que na atual etapa de crise e decadência do capitalismo – onde as forças produtivas já há muito se rebelaram contra o regime de propriedade privadas dos meios de produção – o imperialismo se vê obrigado a levar adiante uma política de ampla agressividade e ofensiva contra os povos oprimidos em todo o mundo. A superação dessa ameaça contra toda a humanidade só pode ser alcançada por meio da revolução socialista mundial.