São Paulo – Um apagão cibernético global afetou conexões e serviços em todo o mundo na sexta-feira (19). Diversas empresas de telecomunicações, bancos, companhias aéreas e outros setores foram prejudicados.

O problema causou atraso de voos, interrompeu operações virtuais, transmissões televisas e até sistemas governamentais. A falha teria sido causada pela atualização de um programa antivírus da empresa estadunidense Microsoft.

Em nota, a companhia informou que a situação teria começado na quinta-feira (18) à noite e afetou a plataforma Azure, que guarda dados em nuvem. A ferramenta usa a proteção do software de cibersegurança CrowdStrike Falcon. O diretor-executivo da CrowdStrike, George Kurtz, disse que clientes foram afetados por uma “falha encontrada em uma atualização de conteúdo dos usuários do Windows”. As ações da empresa registraram queda de 20% após o ocorrido.

Relatos sobre o apagão cibernético

Relatos de pane foram registrados em diversos países. Na França, as “operações virtuais” dos Jogos Olímpicos de Paris tiveram prejuízo, informou o comitê organizador do evento. Segundo a agência francesa de segurança cibernética, não há evidência que sugira que a interrupção foi provocada por um ciberataque.

O governo da Alemanha afirmou que a falha foi provocada por uma “atualização defeituosa”. A conclusão foi possível a partir de informações de especialistas do país na área de segurança cibernética. Nos aeroportos de Berlim, na Alemanha, e Sydney, na Austrália, houve registros de longas filas de passageiros. Empresas estadunidenses de aviação suspenderam os voos devido a problemas de comunicação.

Também houve consequências nos terminais de passageiros de Amsterdã, na Holanda, Zurique, na Suíça, Hong Kong, na China, Londres, no Reino Unido, e em todos os aeroportos da Espanha. Companhias aéreas da Índia, Turquia, Irlanda e Singapura sofreram problemas em suas redes. Canais de TV saíram do ar nos Estados Unidos. No Brasil, também houve relatos de sistemas bancários inoperantes.

O apagão cibernético também afetou hospitais holandeses, a Bolsa de Valores de Londres, a principal empresa ferroviária britânica, além de bancos e sistemas operacionais do parlamento da Nova Zelândia. A Microsoft reforçou que não há indícios de um ataque hacker, e o problema central já foi resolvido. No entanto, ainda segundo a empresa, algumas consequências residuais podem continuar sendo percebidas ao longo do dia.

(*) Com reportagem do Brasil de Fato e da AFP

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Última Atualização: 19/07/2024