Conforme o genocídio na Palestina avança por parte de “Israel”, que assassina mulheres, crianças e idosos indefesos, os militantes da Resistência Palestina impõem duras derrotas aos sionistas.
A começar pelo Hesbolá, que no dia 16 deste mês, anunciou vários ataques contra posições militares de “Israel” em retaliação a ataques ao Sul do Líbano. Os sionistas haviam bombardeado a região de Kfar Tbnit, no Líbano, assassinando dois civis sírios.
Em resposta, o partido revolucionário libanês atacou Kiryat Shmona em al-Jalil Panhandle, com cerca de 40 foguetes, segundo a própria imprensa israelense, às 18h55, enquanto um segundo ataque foi feito cerca de 30 minutos depois ao leste de Kiryat Shmona, em local conhecido como Beit Hillel Barracks.
Em outro momento do dia, em retaliação a ataques israelenses a Umm al-Tout, que mataram três crianças sírias, o Hesbolá atacou vários pontos militares importantes de “Israel”, como os assentamentos em Kapri, Kfar Hoshen, Or HaGanuz, Bar Yochai, e Meron. A imprensa israelense admitiu os ataques a Meron e declarou que o sistema de defesa israelense não pôde interceptar os ataques do grupo libanês, o que causou incêndios na região.
Há um temor crescente dentro de “Israel” em relação ao Hesbolá, já que o grupo demonstrou ter a capacidade de bombardear diversos pontos da ocupação, principalmente pontos de infraestrutura e militares, o que poderia, dentre outros problemas, causar um apagão generalizado na região. “Israel”, no entanto, diz buscar uma guerra total contra o Hesbolá, o que poderia ser fatal para o regime de ocupação da Palestina.
No entanto, se não bastassem os problemas com o Hesbolá e com a Resistência Palestina, sobretudo o Hamas, “Israel” também tem de enfrentar outros grupos da resistência, como as milícias do Hesbolá do iraquiano e outros grupos armados do país que atuam na Síria. Na terça, a resistência iraquiana anunciou um ataque com drones à base de Maalim, na Palestina ocupada pelos sionistas, seguindo ataques que já haviam sido feitos na segunda em resposta aos massacres perpetuados pela força de ocupação israelense contra a população palestina em al-Mawasi, em Khan Younis.
Muitas milícias atuam na Síria vindas de diversos países da região, como grupos afegãos, paquistaneses e iraquianos, que estariam dispostos a atacar “Israel” caso haja uma guerra total entre o estado sionista e o Hesbolá.
Outra grande preocupação para os sionistas são os Houthis, membros do grupo iemenita Ansar Allah, que governam a maior parte do Iêmen. Os membros do grupo vêm causando estragos a “Israel” desde o começo do genocídio na Palestina, não só com ataques contra o território palestino ocupado, principalmente contra os portos de Eliat e Haifa, que praticamente entraram em falência por conta dos ataques iemenitas, como com o fechamento do Mar Vermelho, o que não pôde ser impedido nem mesmo por dois estados imperialistas, EUA e Inglaterra, que bombardearam o Iêmen em retaliação, sem conseguir nada com isso.
Os iemenitas atacaram no dia 15 de julho o petroleiro Chios Lion no Mar Vermelho, utilizando um “veículo de superfície não tripulado” (USV), espécie de drone marítimo. As surpreendentes imagens do ataque logo se espalharam pelas redes sociais, causando espanto naqueles que defendem o genocídio em Gaza e muita comemoração por parte dos que defendem a resistência contra os sionistas.
Para se ter uma ideia dos estragos que os Houthis têm imposto sobre o regime de “Israel” e sobre o imperialismo, a gigantesca empresa imperialista Maersk admitiu na quarta-feira que os impactos das operações no Mar Vermelho impactam a economia em todo o planeta, o que pode internacionalizar cada vez mais a crise no Oriente Médio, que já atinge praticamente o mundo todo.
No entanto, apesar de todas as derrotas sofridas pelo regime de ocupação da Palestina, a principal derrota acontece não pelas mãos dos grupos que se solidarizam com os palestinos, mas sim, pelas mãos dos próprios palestinos que lutam por sua liberdade, sua terra e seu povo.
O porta-voz militar das Brigadas al-Quds, braço armado da Jiade Islâmica, Abu Hamza, disse que a Resistência neutralizou completamente as forças de ocupação no bairro de Shujaiya, no norte de Gaza, local de duros combates e de, novamente, extermínio por parte de “Israel” contra mulheres e crianças nas últimas duas semanas. Trata-se de grande vitória da resistência na Palestina, o que prova mais uma vez como os sionistas não têm capacidade para vencer os palestinos. As declarações de Abu Hamza foram feitas na quarta-feira, sendo que, na quinta, as forças de ocupação se retiraram do local após declarações no sentido de que haviam destruído 8 túneis e matado “dezenas de terroristas” (sic), o que, como temos visto desde o dia 7 de outubro do ano passado, nada mais é do que uma mentira das forças de ocupação para esconder suas derrotas.
Diante do cenário, fica evidente que “Israel” não tem condições de levar adiante a guerra, que dirá entrar em uma guerra total contra o Hesbolá. No entanto, o genocídio ainda não acabou e, assim como a resistência vem fazendo seu dever na Palestina e em todo o Oriente Médio, nós também devemos fazer nossa parte aumentando a mobilização no Brasil, denunciando os crimes israelenses e dando apoio a todos os grupos que se levantam para lutar contra o genocídio, o apartheid e a colonização.