Nos últimos dias, o presidente Lula reforçou suas declarações no sentido de condenar os criminosos ataques do governo israelense contra a população civil palestina, o que já levou a mais de 50 mil mortos e desaparecidos sob os escombros na Faixa de Gaza.
No seu perfil no X, o chefe do Executivo brasileiro condenou o fato de que “o governo israelense segue sabotando o processo de paz e o cessar-fogo no Oriente Médio. O mais recente bombardeio promovido na Faixa de Gaza vitimando centenas de inocentes é inadmissível. Agora com mais de 90 vítimas fatais e quase 300 feridos em tendas que abrigavam crianças, idosos e mulheres”.
Lula não deixa a menor dúvida de que, ao contrário do que procura induzir a criminosa imprensa capitalista, o problema para se chegar a um acordo de paz não são “divergências” entre os representantes do regime israelense e os representantes da Resistência Palestina, liderada pelo Hamas, mas a política genocida do sionismo que, mesmo sendo derrotado militarmente em seus objetivos e estando amplamente desmoralizado em todo o Mundo, não se mostra disposto a um cessar fogo duradouro e que garanta os devidos direitos ao povo palestino, incluindo aqueles reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Como uma “cadela ferida”, a política do governo israelense segue massacrando civis, inclusive em zonas humanitárias delimitadas (até mesmo por Israel), hospitais, escolas etc.
Depois de assinalar que “é estarrecedor que continuem punindo coletivamente o povo palestino” e que “já são dezenas de milhares de mortos em seguidos ataques desde o ano passado, muitos deles em zonas humanitárias delimitadas que deveriam ser protegidas”, Lula destacou que “nós, líderes políticos do mundo democrático, não podemos nos calar diante desse massacre interminável” e acrescentou que “o cessar-fogo e a paz na região precisam ser prioridades na agenda internacional. Todos os nossos esforços devem estar centrados na garantia da libertação dos reféns israelenses e no fim dos ataques à Faixa de Gaza”.
É preciso passar das palavras a ação.
O presidente Lula, um dos mais influentes chefes políticos do mundo e dirigente de um país duramente oprimido pelo imperialismo, responsável direto pelo genocídio do povo palestino, já foi convidado pelo Hamas e outras forças da heroica resistência palestina a se apresentar como mediador confiável para levar ao fim do genocídio na Faixa de Gaza.
É claro que as questões decisivas nesse enfrentamento são justamente, em primeiro lugar, a luta armada, do povo palestino e de todo o chamado Eixo da Resistência, e a mobilização popular, em todo o mundo, em apoio aos palestinos. Mas um papel ativo do governo brasileiro para pressionar a mobilização, se colocando como mediador, pode ser importante para chegar a um desfecho próximo e pôr fim à sabotagem do processo de cessar-fogo na região.