O ex-presidente Jair Bolsonaro e o ex-chefe da Abin Alexandre Ramagem. Foto: Valter Campanato/Agência

Em depoimento à Polícia Federal, o ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) afirmou que a reunião de agosto de 2020 foi gravada a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele disse que o registro foi feito por acreditar que receberia uma proposta ilícita por parte das advogadas dos senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na ocasião. A informação é da coluna de Bela Megale no jornal O Globo.

Essa é a mesma justificativa dada por ele em vídeo gravado na última segunda (15). Na ocasião, ele alegou que gravou o encontro por ter sido informado que receberia uma “proposta nada republicana” do então governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

Durante o encontro, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, então representantes do senador, discutiram um plano para blindá-lo na investigação sobre “rachadinha” em seu gabinete. Elas ainda pediram ao general Augusto Heleno, então chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), investigasse servidores da Receita para descredibilizar a apuração.

Na ocasião, Bolsonaro ainda sugeriu que as advogadas falassem com o então secretário da Receita, José Barroso Tostes Neto, para falar sobre a investigação. Ramagem foi questionado sobre o que fez após ouvir relatos sobre o tema e se limitou a dizer que o órgão deveria ser o responsável por apurar o caso.

Alexandre Ramagem prestou depoimento à PF nesta quarta (17). Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Ramagem prestou depoimento no âmbito do inquérito que investiga a “Abin Paralela”, estrutura criada no governo Bolsonaro para monitorar autoridades. Ele negou o esquema de espionagem ilegal e responsabilizou ex-servidores da agência.

O ex-chefe da Abin prestou depoimento por quase sete horas na sede da PF no Rio nesta quarta (17) e teve que responder a cerca de 130 perguntas.

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Última Atualização: 18/07/2024