É fascinante como o futebol brasileiro está sob censura. Ao analisar a maioria dos artigos na imprensa sobre a nossa Seleção e nossos principais jogadores, tem-se a impressão de que é proibido gostar do nosso futebol.

Existem colunistas que claramente estão contratados para falar mal do nosso futebol. Comparam esses jornalistas aos críticos musicais que recebem dinheiro para falar bem dos discos da moda, não precisamos nem dizer que os discos da moda normalmente são os piores. Mais precisamente, é como um crítico musical que foi pago para falar mal da música brasileira e elogiar qualquer coisa vinda dos Estados Unidos ou Inglaterra. A função desse tipo de mercenário, no final das contas, é depreciar a cultura nacional, é humilhar o povo brasileiro e, ao mesmo tempo, convencê-lo de que somos inferiores.

Essa é exatamente a função dos inúmeros artigos que são publicados contra o nosso futebol. Isso porque, é justamente no futebol que o povo brasileiro se sente superior, não a superioridade artificial do nacionalismo fascista dos países imperialistas, mas uma superioridade prática, real.

No meio de toda essa crítica está Neymar. Ele obviamente é o principal jogador brasileiro, o maior craque do País e – para não dizer O maior – um dos maiores do mundo. Lamine Yamal, jovem promissor de 16 anos da seleção espanhola, campeã da Euro, declarou-se fã de Neymar, chegando a comemorar um gol na final homenageando o brasileiro. Nico Williams, francês de 21 anos, também afirmou algo parecido.

Tais declarações apenas e tão somente revelam que Neymar é um dos maiores naquilo que faz que é jogar futebol. Não está em discussão qual a posição política de Neymar, ele não é político. Não está em discussão o comportamento conjugal de Neymar, ele não é padre nem pastor. Não está em discussão nada que não seja jogar futebol e é isso que esses jovens gostam quando dizem ser fãs do jogador brasileiro.

Diante da declaração, que deveria dar orgulho do futebol brasileiro, aparece a colunista Alicia Kleim, para a Folha de S. Paulo. Vem ela para dizer Precisamos parar de normalizar ter Neymar como ídolo.

Ela não suporta saber que Neymar e o futebol brasileiro ainda são tão fortes que influenciam jogadores campeões. Então, ela diz: “Não bastasse fazer papel de herói para pessoas comuns no mundo inteiro, o atacante vai deixando legado, plantando sementes em uma nova geração (…) Isso é muito preocupante. Por um simples motivo: Neymar é um péssimo exemplo. De atleta. De homem. De companheiro. De pessoa”.

A colunista simplesmente interditou Neymar. Não pode gostar, não pode elogiar, não pode ser ídolo, e os motivos são todos fora do futebol.

O interessante de tudo isso é saber que a maioria dos ídolos do futebol não tiveram nenhum comportamento exemplar. Quantos deles eram briguentos, quantos deles traíram as mulheres, quantos deles fizeram coisas consideradas erradas moralmente ou até criminosas. E eles nunca deixaram de ser ídolos por conta disso.

Mas Neymar está interditado pela colunista do Folha de S. Paulo. Ela não quer que o futebol brasileiro tenha ídolos. Ela e a imprensa capitalista que paga o seu salário para escrever essas críticas querem que o brasileiro se sinta a pior escória do mundo, convencendo o povo de que o futebol jogado aqui é também feito por uma escória e é de péssima qualidade e tudo é ruim.

A explicação está no começo dessa coluna. E os interesses são do imperialismo, que quer dominar o Brasil, dominando economicamente, politicamente e culturalmente. E a Folha de S. Paulo, dona do UOL, como sabemos, é porta-voz desses interesses.

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Última Atualização: 18/07/2024