A Fifa abriu uma investigação sobre o canto xenófobo e homofóbico de jogadores argentinos contra a seleção francesa durante as comemorações da equipe após a conquista do título na Copa América.

Desde segunda-feira (15), um vídeo circula nas redes sociais mostrando vários jogadores argentinos comemorando o título da Copa América 2024, nos Estados Unidos, conquistado no último domingo (14), em Miami, ao vencer a Colômbia por 1 a 0 na final, e começam a cantar uma música que contém termos ofensivos, antes de um corte na transmissão.

O canto já havia sido entoado por torcedores argentinos para atacar os integrantes da seleção francesa e Kylian Mbappé em particular após a final da Copa do Mundo do Qatar, vencida pela Argentina contra a França. O canto inclui frases como “jogam pela França, mas vêm de África”. Sobre Mbappé afirma que “sua mãe é franco-argelina, seu pai é camaronês, mas no documento tem nacionalidade francesa”.

“A Fifa tomou conhecimento de um vídeo que circula nas redes sociais e o incidente é objeto de uma investigação”, afirmou a entidade em um comunicado. “A Fifa condena com veemência qualquer forma de discriminação, por parte de qualquer pessoa, incluindo jogadores, torcedores e dirigentes”.

A Federação Francesa de Futebol (FFF) anunciou que levaria o caso à Fifa.

O escândalo também levou o Chelsea, da Inglaterra, a abrir um processo disciplinar contra o meia argentino Enzo Fernández, que gravou e transmitiu ao vivo o vídeo que provocou o escândalo.

O zagueiro francês Wesley Fofana, colega de time de Fernandéz no Chelsea, reagiu na rede social X com a frase: “Futebol em 2024: discriminação sem pudor”.

Diante do escândalo, o jogador argentino publicou uma mensagem no Instagram para pedir desculpas pelo vídeo.

“A canção inclui uma linguagem muito ofensiva e não há absolutamente nenhuma desculpa para estas palavras”, admitiu. “Sou contra todas as formas de discriminação e peço desculpas por ter me deixado levar pela euforia das comemorações da Copa América. O vídeo, esse momento, essas palavras, não refletem minhas crenças nem meu caráter. Lamento muito”.

O Chelsea afirmou em um comunicado que “reconhece e aprecia as desculpas públicas” do jogador, mas também anunciou a abertura de um processo disciplinar interno.

Categorizado em:

Governo Lula,

Última Atualização: 17/07/2024