A Federação Nacional da Indústria de Alimentos (FNIA) anunciou na terça-feira, 16, em Brasília, investimentos de R$ 120 bilhões no período de 2023 a 2026 em nível nacional.
Este é o segundo grande anúncio de investimentos realizado por um segmento industrial este ano, segundo o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Recentemente, o setor automotivo anunciou aportes de cerca de R$ 130 bilhões em suas fábricas no Brasil.
De acordo com a FNIA, aproximadamente R$ 75 bilhões dos R$ 120 bilhões serão destinados à ampliação e modernização de plantas, além da construção de novas unidades em todo o Brasil. Os outros R$ 45 bilhões são destinados para pesquisa e desenvolvimento.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), comandado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que as indústrias brasileiras de alimentos e bebidas congregam 41 mil empresas que processam 61% de tudo o que é produzido no campo — 273 milhões de toneladas de alimentos por ano — e representam 10,8% do PIB do país.
Em 2024, o cenário segue promissor para o setor de alimentos, que, no primeiro semestre, alcançou US$ 32,2 bilhões em exportação de alimentos industrializados, alta de 8,4% em relação ao mesmo período do ano passado.
O ministro Geraldo Alckmin afirmou que “o Brasil é o maior exportador de alimento industrial de todo o mundo”. Ele ressaltou que “hoje foi anunciado pela FNIA e o setor da indústria de alimentos R$ 120 bilhões de investimentos, até 2026, em novas fábricas, ampliação de fábricas e pesquisa de desenvolvimento e inovação, e vem ao encontro de duas medidas do governo do presidente Lula”.
“Como é um setor que está crescendo, diminuiu a ociosidade na indústria, vai ter que investir. Então, com a Depreciação Acelerada, você estimula a renovação de máquinas e equipamentos para diminuir Custo Brasil, melhorar a produtividade, competitividade, descarbonização, eficiência energética.”
Segundo o presidente executivo da FNIA, João Dornellas, os investimentos anunciados demonstraram a confiança que a indústria brasileira de alimentos tem no país. “Nós continuamos apostando na potencialidade do nosso país e os números estão vindo”, garantiu, durante entrevista à imprensa.
“A indústria brasileira de alimentos e bebidas alimenta não só o Brasil, mas exporta para 190 países do planeta. Então, o Brasil se consolidou em 2023 como o maior exportador de alimento industrializado do planeta. Nós já tínhamos um campo forte, o Brasil era considerado o celeiro do mundo, e agora, com muito orgulho, podemos dizer também que nós passamos a ser o supermercado do mundo, posto que somos o maior exportador de alimento industrializado, já pronto para o consumo.”