Emmanuel Macron e Gabriel Attal. Foto: reprodução

O presidente da França, Emmanuel Macron, aceitou a renúncia do primeiro-ministro, Gabriel Attal, nesta terça-feira (16), mas solicitou que ele permaneça no cargo até que um novo governo seja formado, conforme comunicado do Palácio do Eliseu. “É dever das forças republicanas trabalhar juntas para construir uma união em torno de projetos e ações a serviço dos franceses e da França”, destacou a nota.

Nas eleições legislativas do último dia 7, o bloco de esquerda Nova Frente Popular (NFP) recebeu o maior número de assentos na Assembleia Nacional, mas não obteve maioria suficiente para indicar o primeiro-ministro sozinho. O bloco centrista de Macron, conhecido como Juntos, ficou em segundo lugar, seguido pela extrema-direita, representada pelo Reunião Nacional (RN).

Na última semana, o mandatário francês havia rejeitado o primeiro pedido de renúncia de Attal. Na ocasião, ele afirmou que desejava “garantir a estabilidade do país” até a formação de um novo governo.

Durante uma reunião do Conselho de Ministros, Macron sugeriu que o governo interino pode “durar algum tempo”, possivelmente até o final dos Jogos Olímpicos de Paris, que começam em 26 de julho e terminam em 11 de agosto. Aliado e próximo ao presidente, Attal tem desempenhado um papel crucial no governo.

Gabriel Attal, primeiro-ministro da França. Foto: Ludovic MARIN/AFP

A coalizão de esquerda, liderada por Jean-Luc Mélenchon, conquistou 182 assentos, enquanto o bloco Juntos obteve 168 e a extrema-direita, 143. O desempenho do RN, apesar do crescimento significativo, foi visto como uma decepção, especialmente após projeções de uma possível maioria absoluta.

É responsabilidade de Macron nomear um novo primeiro-ministro baseado nos resultados das eleições. Porém, ainda não há previsão de quando isso ocorrerá. Líderes do bloco esquerdista indicaram a possibilidade de aliança com o centro para alcançar os 289 assentos necessários para a maioria.

Após a conquista de 33% dos votos no primeiro turno pelo RN de Marine Le Pen, a Nova Frente Popular e o Juntos formaram uma coalizão para evitar que a extrema-direita assumisse o poder. Mas a viabilidade de um governo conjunto entre a esquerda e o centro permanece incerta, dado as profundas desavenças em tópicos como a reforma da Previdência.

Jean-Luc Mélenchon afirmou que Macron deve reconhecer a derrota nas eleições e buscar uma aliança com a NFP para formar o governo. A França enfrenta agora um cenário político desafiador, com a necessidade de construir alianças para evitar um Parlamento paralisado.

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Última Atualização: 16/07/2024