Luís Carlos, sócio do Master – Foto: Reprodução

Alvos de processos por crimes financeiros, executivos do Banco Master expuseram uma nova crise na instituição. Na segunda-feira (8), dois gerentes da Caixa Econômica Federal que se opuseram à compra de R$ 500 milhões em letras financeiras do banco, consideradas arriscadas, foram demitidos.

Um parecer sigiloso de 19 páginas, divulgado pela coluna de Malu Gaspar, no Globo, desaconselhou a operação, classificando-a como “atípica” e “arriscada”. O documento apontava para um “alto risco de solvência” e criticava o modelo de negócios do Master, descrito como “de difícil compreensão”.

Má reputação

A pesquisa reputacional da área de governança e compliance da Caixa Asset revelou que os principais executivos do banco estão envolvidos em diversos processos junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por manipulação de preços e irregularidades em distribuição de produtos de investimento. Esses executivos enfrentam acusações graves, incluindo o envolvimento em “diversos crimes financeiros”.

Composição do banco

O Master, anteriormente Banco Máxima, tem entre seus principais acionistas Luís Carlos, João Pedro e Pedro Henrique. Desde 2021, o banco opera com a nova razão social e possui R$ 820 milhões em ativos, dos quais apenas R$ 40 milhões foram comprados pelo mercado.

Luís Carlos, principal acionista e atual CEO do Banco Master – Foto: Reprodução

Luís Carlos, um dos sócios, já foi acusado em delação premiada de oferecer propina de R$ 8 milhões para utilizar recursos do FI FGTS na empresa Rede Energia.

Vorcaro, por sua vez, em 2020, acertou um termo de compromisso de R$ 250 mil com a CVM, no âmbito de um processo que envolvia eventuais irregularidades nas emissões de debêntures. O empresário também possui diversos processos em seu nome, que envolvem questões trabalhistas e relacionadas a crimes contra o patrimônio.

Modelo de negócios arriscado e outros pontos negativos

O documento também destacou que o modelo de negócios do Master envolve uma “operação complexa de investimentos em companhias” com empresas em recuperação judicial ou com alto grau de endividamento. Além disso, 47% da carteira de crédito do banco é composta por precatórios e direitos creditórios, considerados de “elevado grau de incerteza de recebimento” pela Caixa Asset.

Outro fator de risco apontado no parecer é que os vinte maiores clientes do Master concentram mais da metade da carteira do banco. Essa concentração é vista como um agravante, aumentando o risco de inadimplência e comprometendo a estabilidade financeira da instituição.

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Última Atualização: 13/07/2024