Operação Galho Fraco mira os bolsonaristas Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy por suspeita de desvio de cotas parlamentares
A deflagração da Operação Galho Fraco, pela Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (19), contra os deputados federais Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, e Carlos Jordy, ambos do Rio de Janeiro, repercutiu fortemente entre parlamentares do Partido dos Trabalhadores. A investigação apura suspeitas de desvio de recursos públicos oriundos das cotas parlamentares, com uso de empresas de fachada, incluindo uma locadora de veículos.
Durante a operação, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão e reteve mais de R$ 430 mil em dinheiro vivo em um endereço ligado ao líder do PL, o que intensificou as críticas de deputados petistas à retórica moralista da extrema-direita de combate à corrupção e aos ataques recorrentes à autonomia da PF.
Para o deputado Rogério Correia (PT-MG), o episódio desmonta o discurso bolsonarista.
“A PF apreendeu mais de R$ 400 mil em dinheiro vivo em um endereço ligado ao líder do PL, Sóstenes Cavalcante. E o Carlos Jordy também foi alvo de busca e apreensão, por suspeita de desvio de cotas parlamentares via empresas de fachada. É isso que a extrema-direita chama de ‘defender o Brasil’? A operação crava definitivamente a alcunha de PL – Papuda Lotada”.
Ver essa foto no Instagram
PF forte e independente
A deputada Ana Paula Lima (PT-SC) destacou a importância de uma Polícia Federal fortalecida, independente e atuante. A petista disse que “dia após dia, conseguimos entender por que querem tanto esvaziar e fragilizar a autonomia da Polícia Federal: para tentar esconder que estão envolvidos em esquemas e criminalidade. Como disse o Presidente Lula, a PF tem que investigar, doa a quem doer”.
Já a deputada Erika Kokay (PT-DF) relacionou a investigação aos ataques da extrema-direita às instituições. A parlamentar alegou que “agora faz sentido: atacam a PF e votam PEC da blindagem. Quem tem dinheiro vivo em casa tem medo de investigações”.
O deputado Jorge Solla (PT-BA) reforçou a defesa da autonomia da PF. “A extrema-direita não quer uma Polícia Federal autônoma. Hoje, quem estampam as manchetes policiais são Carlos Jordy e Sóstenes Cavalcante, de quem a PF encontrou R$ 430 mil em dinheiro vivo”.
PL – Papuda Lotada
A deputada Lenir de Assis (PT-PR) apontou a incoerência entre o discurso e a prática da extrema-direita. Ela pontuou que “Sóstenes Cavalcante vive no plenário posando de guardião da moral, atacando o PT e gritando contra a corrupção. Mas a PF encontrou R$ 430 mil em dinheiro vivo na casa dele, em investigação sobre desvio de verba pública. Retórica para a plateia, bolso cheio com dinheiro do povo”.
O deputado Bohn Gass (PT-RS) explicou que a PF conseguiu realizar operação na casa dos bolsonaristas pelo acúmulo de provas colhidas. “Em 2024, a PF já havia pedido autorização para essa ação, mas STF e PGR negaram. Só que desta vez, o pedido chegou com muito mais evidências de crime. E aí, a autorização foi dada”.
Leia mais pronunciamentos de parlamentares:
Deputado Alencar Santana (PT-SP) – Turma do Papuda Lotada (PL) cada vez mais encrencada.
Deputada Carol Dartora (PT-PR) – Depois do Eduardo Bolsonaro e do Alexandre Ramagem cassados, líder do PL é alvo de busca e apreensão hoje. Natal vindo com presentes antecipados!
Deputado Jilmar Tatto (PT-SP) – O líder do PL sempre se disse defensor da ética e um exemplo moralidade na política, dizendo que o problema sempre são os outros. Além de paralisar a Câmara para deixar Bolsonaro e outros golpistas impunes, agora vai ter que explicar essa dinheirama em espécie.
Deputada Luizianne Lins (PT-CE) – Ao que parece a realidade bolsonarista é bem diferente do Pátria e Família que eles pregam. Polícia Federal agindo contra a corrupção.
Deputada Natália Bonavides (PT-RN) – Deputados federais do PL Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy receberam visita da Polícia Federal. A operação apura desvio de cotas parlamentares. A caixinha de fim de ano do líder do PL, Sóstenes Cavalcante.
Elisa Alexandre