O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta quinta-feira 18 que a Ucrânia “aja rapidamente” nas negociações sobre um plano para encerrar o conflito com a Rússia.
Os negociadores “estão perto de conseguir alguma coisa, mas espero que a Ucrânia aja rapidamente. Cada vez que demoram, a Rússia muda de opinião”, disse Trump na Casa Branca.
Um encontro entre enviados russos e americanos sobre a guerra na Ucrânia vai acontecer neste fim de semana, em Miami. A Presidência americana não deu detalhes sobre a composição das delegações.
Segundo o site Politico, os Estados Unidos serão representados pelo enviado especial Steve Witkoff e pelo genro de Donald Trump, Jared Kushner, enquanto a Rússia deve contar com o enviado do Kremlin para assuntos econômicos, Kirill Dmitriev.
A nova rodada de conversas vai acontecer depois que Volodimir Zelensky constatou “avanços” para um compromisso entre Kiev e Washington sobre o conteúdo de um plano que será proposto a Moscou para encerrar os combates. Esse plano foi finalizado após reuniões em Berlim entre autoridades americanas, ucranianas e europeias.
O presidente ucraniano advertiu, no entanto, que acredita que a Rússia se prepara para um novo “ano de guerra” em 2026. Já o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou ontem que os objetivos de sua ofensiva na Ucrânia “certamente serão alcançados”.
Os detalhes do plano americano são desconhecidos, após sua revisão em Berlim com os ucranianos, mas Kiev informou que ele envolvia concessões territoriais. Os Estados Unidos, por sua vez, ressaltaram que a última proposta continha garantias de segurança “muito sólidas”, que consideram favoráveis à Ucrânia e aceitáveis para a Rússia.
O documento original de Washington havia sido considerado por Kiev e pelos europeus amplamente favorável às posições do Kremlin.