Tribunal da Itália adia, pela 3ª vez, julgamento sobre a extradição de Carla Zambelli

Pela terceira vez consecutiva, a Justiça da Itália adiou o julgamento que decidirá se a ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) será extraditada. A análise do caso estava marcada para esta quinta-feira 18, mas a Corte de Apelação de Roma acolheu um pedido da defesa da parlamentar e remarcou o julgamento para janeiro de 2026.

Zambelli foi condenada como autora intelectual da invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça, fugiu do Brasil e está presa no país europeu. Na véspera, chegaram ao tribunal italiano documentos enviados pelo Supremo Tribunal Federal que indicam onde a ex-deputada ficará presa caso seja extraditada.

No Brasil, bolsonarista cumprirá a pena de 10 anos de prisão na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia. Foi justamente o recebimento das informações que serviu de base para os defensores de Zambelli pedirem o adiamento da discussão. Na audiência desta quinta, a previsão era ouvi-la e analisar as informações prestadas pelo STF. A ex-deputada chegou a participar presencialmente do encontro, que durou poucos minutos.

A audiência estava inicialmente marcada para o dia 4 deste mês, mas foi adiada. Na data, o advogado brasileiro de Zambelli, Fábio Pagnozzi, afirmou que o adiamento ocorreu após a defesa protocolar “provas, inclusive o relatório da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, além de documentos sobre as condições carcerárias no Brasil”.

Antes disso, a sessão havia sido marcada para novembro, mas também acabou postergada em razão de uma greve do Judiciário italiano. Em outubro, o Ministério Público da Itália emitiu parecer favorável à extradição de Zambelli.

Além da condenação pela invasão aos sistemas do CNJ, a ex-deputada também foi sentenciada no Supremo a 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal, pelo caso em que perseguiu um homem na rua o apontando uma arma, nas vésperas das eleições de 2022.

No domingo, Zambelli renunciou do mandato de deputada federal após o tribunal anular a votação da Câmara que decidiu poupá-la da cassação. Em seu lugar assumiu o suplente Adilson Barroso (PL-SP).

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