O Museu do Louvre, em Paris, permaneceu fechado nesta segunda-feira (15) após convocação de greve de sindicatos, que protestam contra a deterioração das condições de trabalho e a falta de recursos no museu, o mais visitado do mundo. Na entrada, um aviso informava que a abertura estava adiada e que seria comunicada uma eventual retomada do funcionamento ao longo do dia.
Pouco depois, os funcionários votaram pela continuidade da greve. De acordo com os sindicatos, quase 400 trabalhadores aprovaram “por unanimidade” a paralisação, que poderá ser prorrogada. Em comunicado, as entidades advertiram que “visitar o Louvre se tornou uma verdadeira pista de obstáculos”, citando sobrecarga de trabalho e insuficiência de meios materiais para atender o público.
A direção do museu informou que contabilizava os trabalhadores não aderentes para avaliar a possibilidade de reabrir parcialmente. O Louvre está sob pressão desde o roubo ocorrido em 19 de outubro, quando quatro homens entraram por uma janela e levaram, em poucos minutos, joias da Coroa avaliadas em mais de R$550 milhões.
Além do episódio, o museu fechou uma galeria em novembro devido à deterioração do edifício e, há algumas semanas, registrou vazamento de água que danificou centenas de obras da biblioteca de antiguidades egípcias. No ano passado, o Louvre recebeu quase nove milhões de visitantes.