8 dicas para não ser demitido por justa causa na confraternização da empresa

A confraternização de fim de ano costuma encerrar ciclos e reunir equipes fora do ambiente formal. Ainda assim, o evento mantém vínculo direto com o trabalho. Dados e relatos acompanhados pela ABRH-SP indicam que comportamentos inadequados durante festas corporativas estão entre os fatores que podem resultar em advertências e até demissão por justa causa.

Segundo a associação, a confraternização é uma extensão do ambiente profissional, independentemente do local escolhido. Isso vale para funcionários de todas as áreas e níveis hierárquicos, além de gestores. Exageros, conflitos e desrespeito às normas internas continuam sujeitos às mesmas regras aplicadas no dia a dia da empresa.

De acordo com Eliane Aere, presidente da ABRH-SP, o clima de celebração não suspende códigos de conduta. “O evento ocorre fora da sede, mas as regras permanecem. A confraternização integra a relação de trabalho e exige cuidado”, afirma.

Comportamentos que geram risco jurídico

Situações recorrentes observadas pela ABRH-SP incluem consumo excessivo de álcool, discussões, brincadeiras constrangedoras, exposição indevida em redes sociais e avanços indesejados. Dependendo do caso, essas atitudes podem caracterizar assédio moral, assédio sexual ou descumprimento do código de ética.

Além disso, a hierarquia segue presente durante a confraternização, o que exige atenção redobrada na forma de se expressar e agir. A avaliação de conduta pode ocorrer mesmo após o evento, caso haja denúncia ou registro formal.

Dicas para funcionários na confraternização

Para reduzir riscos e preservar a relação profissional, a ABRH-SP recomenda algumas práticas durante a confraternização corporativa.

Primeiro, controlar o consumo de bebidas alcoólicas, lembrando que se trata de um evento ligado ao trabalho.
Em seguida, evitar conversas sobre política, religião ou conflitos internos.
Também é importante ter cautela ao publicar fotos ou vídeos de colegas, sempre com consentimento prévio.
Por fim, manter o respeito nas interações e compreender que descontração não equivale a intimidade.

Dicas para lideranças no evento

No caso de gestores, a postura adotada tende a orientar o comportamento coletivo durante a confraternização.
Dar exemplo é o primeiro passo, mantendo limites claros.
Além disso, cabe estimular um clima leve, sem incentivar excessos.
Outro ponto é evitar avaliações de desempenho, cobranças ou feedbacks durante a festa.
Após o evento, caso surja algum problema, a orientação é tratar o tema com sigilo, ética e respeito às partes envolvidas.

Cultura organizacional em evidência

Para a ABRH-SP, a confraternização funciona como um retrato da cultura da empresa. Ambientes que valorizam respeito, diversidade e regras claras tendem a promover eventos mais seguros para todos os trabalhadores.

Segundo Eliane Aere, empresas que cuidam desse aspecto conseguem fortalecer vínculos sem gerar constrangimentos ou riscos jurídicos. O comportamento adotado nesses momentos reforça valores já praticados no cotidiano corporativo.

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