Natália Pimenta foi morta pelo neoliberalismo

Quando se diz que Natália Pimenta foi morta pelo neoliberalismo, não é exagero. Com certeza há quem ache que, por se tratar de uma doença, não há culpados. Mas, neste caso, há culpados, e o culpado fundamental é o neoliberalismo, que permite – na verdade, ordena – que uma juíza decida sobre a vida e a morte das pessoas e, da mesma forma, que o Ministério da Saúde seja repleto de parasitas que não trabalham pela saúde do povo, mas sim contra.

O que a família de Natália passou na mão desses capachos do imperialismo não pode ser dito em palavras: uma juíza que nega tratamento por semanas a uma pessoa que está entre a vida e a morte e, quando finalmente se supera o problema da juíza, um aparato burocrático enorme surge com as mais absurdas situações, desde não ter ideia do que está acontecendo até não querer assinar o documento para liberação do medicamento concedido judicialmente, por medo de se comprometer.

Isto é o dia a dia no Judiciário e na administração no Brasil: evitar o máximo possível de gastos com a população para sobrar mais para os vampiros neoliberais, que já sugam metade do dinheiro do povo com juros da dívida pública, mas não se dão por satisfeitos. O que fazem com o povo brasileiro já é inaceitável, mais ainda com Natália, que, como membro fundamental do partido da revolução operária, o partido que é capaz de conduzir a classe operária para o fim de sua escravidão e de todo esse descaso que vemos, é um ataque à própria classe trabalhadora, que perdeu uma peça de extrema importância neste processo.

Pessoas tão pequenas como a juíza que negou o tratamento ou tão mesquinhas como os burocratas que fizeram de tudo para não comprar o remédio que era direito de Natália jamais serão capazes, dentro de sua mediocridade, de entender o que significa ser grande. Para eles, ser importante é ter um cargo, vender sua alma por status e dinheiro.

E aqui não se trata de uma questão moral, mas do que realmente é necessário para a grande maioria do povo. Para a classe trabalhadora, a importância das pessoas é medida pelo seu trabalho para a própria classe; os trabalhadores sozinhos se unem para ajudar uns aos outros, muitas vezes tendo pouco ou nada para dividir, mas com determinação em não deixar ninguém para trás.

Assim era a disposição da companheira Natália. Todas as pessoas que falaram dela foram unânimes em dizer que ela era altruísta, generosa, companheira, atenciosa e tantos outros adjetivos de sua personalidade ímpar. Para além disso, Natália era uma dirigente partidária ímpar, com um papel fundamental no crescimento do PCO em número e qualidade política.

Natália ficou meses internada em estado grave, e seus amigos, família e companheiros de partido não a deixaram sozinha por nenhum momento; foram donos de uma disposição incessante por alguém que merecia toda essa dedicação e carinho. Só devido a uma insistência incansável dos militantes do PCO, a burocracia finalmente estava se movendo. Foi quando um funcionário ligou para os familiares de Natália e disse que ela teria o medicamento em um futuro próximo. Natália havia falecido havia duas horas.

Natália se foi, e seu legado ficou, algo que os medíocres e gananciosos não conseguem alcançar. O que essa juíza execrável deixará de legado quando morrer? Milhares de pessoas que ajudou a matar?

O legado de Natália, por sua vez, é grandioso: a construção do partido revolucionário da classe operária, que, com a contribuição dela, em um futuro cada vez mais próximo, acabará com esses vermes que, sem nenhum remorso, matam todos os dias o povo brasileiro.

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