Para o líder do PT na Câmara, decisão expõe quem atuou contra o país e reforça independência do Judiciário diante de pressões internacionais articuladas pela extrema direita.
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), destacou nesta sexta-feira (12/12), em publicação nas redes sociais, que a retirada do ministro Alexandre de Moraes e de sua esposa da lista da Lei Magnitsky representa uma “vitória da soberania, da democracia e do Presidente Lula”. Segundo o parlamentar, a decisão simboliza uma derrota histórica para setores que, segundo ele, “tentaram negociar sanções internacionais, revogação de vistos, tarifas e até uma ‘pena de morte financeira’” contra o ministro do STF.
Lindbergh afirmou que a medida deixa “cada vez mais claro” quem estava ao lado do Brasil e quem atuava contra o país. Ele citou as investigações da Polícia Federal, que apontam que Eduardo Bolsonaro teria praticado coação no curso do processo ao articular pressões externas contra o Supremo Tribunal Federal. “O recado é inequívoco: o Brasil tem um Judiciário forte, independente e imune a chantagens estrangeiras”, disse.
Prevalência da Justiça
O líder petista ressaltou ainda que o país “não aceita tutela internacional” e que a Constituição deve ser o único parâmetro das instituições brasileiras. Para ele, a decisão reafirma a prevalência da Justiça e reforça que “Jair Bolsonaro e os militares envolvidos na trama golpista deverão cumprir pena pelos crimes cometidos contra a democracia”.
Sem anistia
Lindbergh também voltou a criticar o PL da Dosimetria, em análise no Congresso. Segundo o deputado, o projeto “escancara a porta das prisões”, “solta metade dos presos do país” e favorece “organizações criminosas e criminosos sexuais”. “Democracia se defende com soberania, Constituição e altivez”, concluiu.
Redação PT na Câmara