Após ciclone, rede elétrica de São Paulo ainda tem apagão parcial sem previsão de conclusão

Mais de 800 mil consumidores afetados pela passagem de um ciclone extratropical que provocou ventania intensa sobre a cidade de São Paulo e a sua região metropolitana ainda permanecem sem energia elétrica dois dias após a tempestade. A situação decorre principalmente de quedas de árvores e de cabos sobre a rede elétrica, o que interrompeu o fornecimento em grande parte dos bairros da capital paulista e cidades vizinhas.

No instante em que a tempestade atingiu a região, mais de 2,2 milhões de cidadãos ficaram sem luz, segundo dados da concessionária Enel. Ao final da quinta-feira (11), esse número havia recuado para cerca de 1,3 milhão de consumidores ainda sem energia, à medida que equipes de técnicos continuavam os reparos. Nesta sexta-feira (12), a Enel informou que 802.474 clientes permanecem sem eletricidade. Na capital paulista, o total de domicílios afetados chega a 585 mil, o que corresponde a aproximadamente 10% do total de consumidores da cidade.

O município de Juquitiba registra 7.262 clientes sem energia, o que representa cerca de 40% de toda a cidade, e em Embu-Guaçu, que chegou a registrar praticamente 100% de sua população às escuras no auge da crise, 17% dos consumidores ainda não tiveram o serviço restabelecido. A concessionária informou ter restabelecido o fornecimento para cerca de 1,2 milhão de clientes dos cerca de 2 milhões inicialmente afetados, mas ressaltou que ainda não há uma previsão clara para a total normalização do serviço.

A Enel acrescentou que existem diversos casos complexos que exigem substituição de postes e transformadores, operações que demandam tempo e trabalho especializado, retardando a recuperação definitiva da energia em algumas áreas. Enquanto isso, equipes da prefeitura continuam mobilizadas para remover árvores caídas, desobstruir vias e apoiar a infraestrutura local na resposta aos danos causados pela tempestade.

A forte ventania derrubou mais de 330 árvores na capital e em cidades da região metropolitana, e o impacto dos estragos — somado à dificuldade de restabelecer estruturas de grande porte — contribui para que muitos moradores ainda enfrentem a falta de eletricidade e os transtornos associados à ausência de energia em residências, comércios e serviços essenciais.

Contém informações da Agência Brasil

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