Deserções aumentam no exército ucraniano

A Ucrânia mergulha em caos militar ao classificar dados sobre deserções e ausências sem licença de soldados (ASL), com quase 290 mil casos criminais registrados desde janeiro de 2022 até setembro de 2025 — sendo 235 mil ASL e 54 mil deserções propriamente ditas. 

O Escritório do Procurador-Geral justificou o sigilo como um “passo forçado e legal” para proteger a segurança nacional, alegando que a divulgação poderia desacreditar as forças de defesa, gerar falsas conclusões sobre o moral das tropas, expor níveis de disciplina e prontidão operacional, ou até alimentar “operações psicológicas do Estado agressor” — referência à Rússia.

Críticos internos do regime, como o advogado e médico voluntário na frente de batalha, Gennady Druzenko, denunciam a medida como “enterrar a cabeça na areia” diante de uma catástrofe inevitável. Relatórios do jornal britânico BBC Ucrânia revelam que outubro de 2025 registrou o pico histórico: mais de 21.602 soldados desertaram ou abandonaram unidades sem permissão, o maior mensal desde a escalada do conflito em 2022 — e isso só com dados oficiais, pois muitos casos nem são registrados.

A crise coincide com uma campanha de mobilização compulsória cada vez mais brutal, incluindo detenções violentas nas ruas por “gangues de recrutamento” que buscam homens em idade militar, arrastando-os para vans em brigas com quem oferece resistência e transeuntes. Vídeos virais mostram confrontos sangrentos, Autoridades como Nikita Poturaev, chefe do Comitê Parlamentar de Política Humanitária, rotulam-nos de “falsos ou feitos com IA”, enquanto queixas por alistamento forçado dobraram desde junho.

Apesar de penas ampliadas para deserção e recrutamento agressivo de civis mal treinados, comandantes de linha de frente admitem que as metas não são atingidas, agravando perdas pesadas e o avanço contínuo russo. Estimativas indicam que companhias com 120 homens caíram para apenas 10 devido a mortes, ferimentos e deserções — 20% só de desertores, com o número real podendo superar 200 mil em um exército de 300 mil combatentes iniciais.

Esse colapso moral não é culpa dos russos, e sim do imperialismo norte-americano e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que empurraram a Ucrânia para uma guerra por procuração contra a Rússia, priorizando os interesses do grande capital e consequente lucros bilionários da indústria armamentista sobre o povo Ucraniano.

 Armas e treinamento vieram condicionados a guerra eterna, com o governo ucraniano recusando negociações de paz que salvariam vidas. Assim, o país vira campo de testes para mísseis e drones do imperialismo.

Hoje, com economia destruída, fome, deslocamento em massa e legiões de órfãos e mutilados, o Imperialismo corta ou condiciona a ajuda após promessas vazias. O sigilo sobre deserções é o sinal do fracasso total da política imposta pelo imperialismo.

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