A região metropolitana de São Paulo entrou na quinta-feira (11) com um apagão em larga escala, com 1,3 milhão de clientes ainda sem energia elétrica até 18h30, segundo os números divulgados. O pico ocorreu na quarta-feira (10), quando 2,2 milhões de imóveis ficaram sem luz.
Além da interrupção do fornecimento de energia, diversos bairros registraram falta d’água. A informação é de que cerca de 300 mil clientes tiveram problemas de abastecimento ao longo da quinta-feira. O sistema de transportes também foi afetado: os aeroportos de Congonhas e Guarulhos registraram atrasos e adiamentos, com centenas de voos impactados.
Questionada sobre a demora, a Enel alegou que em parte das áreas o restabelecimento exige reconstrução de trechos inteiros da rede, com substituição de postes e transformadores e recomposição de cabos em longas extensões. A concessionária, no entanto, não informou prazo para normalização completa do serviço na região metropolitana. A própria empresa declarou que a capital seguia como um dos pontos mais atingidos, com mais de 900 mil imóveis sem energia, mais de 15% do total, de acordo com os dados apresentados.
O apagão volta a trazer à tona a destruição do serviço elétrico após a privatização. A repetição de blecautes e a incapacidade de resposta rápida em uma metrópole do porte de São Paulo mostram que a concessionária é culpada pelo desmonte da rede e pela destruição do atendimento à população.