Haddad indica que pode deixar a Fazenda para atuar na campanha de Lula em 2026

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a admitir que pode deixar o cargo em 2025 para atuar diretamente na campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um indicativo de que a sucessão na equipe econômica passou a ser tema no radar do Planalto e que o governo começou seus movimentos

Em entrevista ao jornal O Globo, Haddad relatou ter discutido o assunto com Lula e disse que pretende colaborar com a elaboração do programa de governo. O presidente, segundo ele, respondeu com liberdade: “Você vai colaborar da maneira que preferir.”

O ministro, porém, reforça que não será candidato em 2026 — descartando pressões do PT por disputas ao Senado ou ao governo paulista.

Mesmo sem data ou formato definidos, Haddad reconhece que, caso assuma papel de maior envolvimento político, não poderá permanecer na Fazenda. O ministro afirma que não pretende coordenar a campanha: “Vou servir ao que for designado.”

Correios: rombo bilionário e a necessidade de “reinvenção”

Na entrevista, Haddad acendeu um sinal amarelo sobre a situação dos Correios, que acumulam perdas superiores a R$ 10 bilhões. Para ele, a estatal precisa passar por uma reinvenção estrutural, já que o fim do monopólio acirrou a competição com grandes empresas de logística.

O governo trabalha em um empréstimo com contrapartidas e estuda parcerias com bancos públicos para dar capilaridade à rede. “Um banco pode se associar aos Correios. É assim que o mundo está fazendo”, disse.

Relação com o Congresso e o clima eleitoral

Haddad também abordou a deterioração da relação com o Congresso. Na avaliação dele, a oposição passou a travar pautas econômicas após perceber que o governo acumulava indicadores positivos.

Ele minimizou tensões com Davi Alcolumbre e a demora em votar o nome de Jorge Messias ao STF, dizendo que divergências são naturais, mas não podem se transformar em conflito institucional.

Selic, Galípolo e o Banco Central

Sobre a política monetária, Haddad voltou a afirmar que a Selic está “muito restritiva”, mas negou fricções com Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central. Ele disse que Lula ainda não indicou novos diretores para evitar atritos em meio ao ambiente político conturbado.

O ministro elogiou medidas recentes de Galípolo, como o endurecimento das regras para fintechs — um setor que, segundo Haddad, acumulava distorções e precisava passar por ajustes.

Na entrevista, Haddad traçou paralelos entre finanças públicas e segurança ao citar operações contra fraude de combustíveis, apreensão de navios e uso de notas fiscais falsas, defendendo que o Estado deve agir independentemente do poder econômico dos envolvidos. Também criticou bets irregulares e defendeu tributação alta para setores que geram danos sociais.

Nota da redação: Este texto, especificamente, foi desenvolvido parcialmente com auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial em seu resumo. A equipe de jornalistas do Jornal GGN segue responsável pelas pautas, produção, apuração, entrevistas e revisão de conteúdo publicado, para garantir a curadoria, lisura e veracidade das informações.

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