O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) elevou sua projeção para a produção agrícola brasileira em 2025 e agora estima uma safra de 345,9 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas. O volume representa um avanço de 18,2% em relação ao total colhido em 2024.
A previsão faz parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nesta quinta-feira (11). A nova estimativa incorpora ganhos de produtividade em culturas com forte presença no Centro-Oeste e no Matopiba, além de uma expansão de 3,1% da área plantada, que deve alcançar 81,5 milhões de hectares.
Soja e milho seguem como motores da safra
Assim como em anos anteriores, soja, milho e arroz concentram mais de 92% da produção total. A soja continua como a principal cultura do país e deve registrar aumento tanto de área quanto de rendimento em 2025, impulsionada por condições climáticas mais favoráveis do que as vistas no ciclo anterior.
O milho também tende a apresentar desempenho positivo, especialmente na segunda safra, que depende de janelas climáticas mais longas e vem ganhando espaço tecnológico e financeiro dentro do setor.
Prognóstico de 2026 indica acomodação
Para 2026, o IBGE projeta uma safra de 335,7 milhões de toneladas, uma queda de 3,0% em relação a 2025. O recuo, no entanto, não indica retração estrutural: trata-se de um ajuste após um ano excepcional, aliado a revisões para culturas específicas — como trigo e feijão — que podem sofrer impactos de clima e mercado.
O declínio da produção em relação à safra 2025 deve-se à menor estimativa prevista, principalmente, para o milho (-6,8% ou -9,6 milhões de toneladas), para o sorgo (-14,6%), para o arroz (-8,0% ), para o algodão herbáceo – em caroço (-11,6%), para o trigo (-4,0%) e para o feijão 1ª safra (-3,5%). Para a soja foi estimado um crescimento na produção de 1,0% ou 1,6 milhão de toneladas.