A forma como Glauber Braga (foto: Lula Marques/Agência Brasil) foi arrancado da cadeira da presidência da Câmara Federal reacendeu entre governistas a tese de que Hugo Motta afinou o passo com o bolsonarismo. Compararam a cena à tolerância exibida em agosto, quando deputados da direita fizeram o mesmo e saíram sem choque algum.
Motta levou seis minutos para atravessar o plenário, hesitou, foi empurrado pelos aliados e acabou despachado para a própria cadeira sob visível constrangimento. No discurso, falou em “gravidade” e pediu “educação”. Dessa vez, com Polícia Legislativa retirando Glauber à força, Motta elevou o tom contra “intimidação” e “extremismo”, mais do que fizera com a tropa de Bolsonaro. A esquerda retrucou dizendo que a polícia só age com rigor porque eles não andam armados. O assunto foi parar na delegacia.