Inflação de novembro fica em 0,18%, a menor para o mês em sete anos

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE, divulgado nesta quarta-feira (10), registrou o menor nível para novembro, 0,18%, desde 2018, quando ficou em 0,21%. No mesmo mês do ano passado, a variação havia sido de 0,39%.

Tal patamar foi alcançado mesmo com ligeira elevação em relação a outubro, quando o índice marcou 0,09%. O IPCA é considerado o índice oficial de inflação no Brasil.

No ano, o IPCA acumula alta de 3,92% e, nos últimos 12 meses, ficou em 4,46%, abaixo dos 4,68% dos 12 meses imediatamente anteriores. Com isso, o índice volta a ficar abaixo do teto da meta do governo, que é de 4,5% no acumulado de 12 meses.

Principais reduções

As principais reduções inflacionárias foram observadas nos grupos de artigos residenciais (-1%), comunicação (-0,20%), saúde e cuidados pessoais (-0,04%) e alimentação e bebidas (-0,01%).

No primeiro grupo, o destaque está nos eletrodomésticos e equipamentos (-2,44%) e TV, som e informática (-2,28%).

Quanto à saúde e cuidados pessoais (-0,04%), foi registrada queda de 1,07% nos artigos de higiene pessoal, ante a alta de 0,57% do mês anterior.

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Outro aspecto captado foi a diminuição na inflação sobre o grupo de alimentação e bebidas, que voltou ao patamar negativo, registrando variação de -0,01%, com a alimentação no domicílio (-0,20%) caindo pelo sexto mês consecutivo.

Nesse segmento, destacam-se as quedas do tomate (-10,38%), leite longa vida (-4,98%) e arroz (-2,86%). No lado das altas, sobressaem o óleo de soja (2,95%) e as carnes (1,05%).

Já a alimentação fora do domicílio variou 0,46% no mês, com desaceleração no lanche, que saiu de 0,75% em outubro para 0,61% em novembro e na refeição, que foi de 0,38% para 0,35% em igual comparativo.

Variações positivas

Isoladamente, o principal impacto no IPCA veio do preço das passagens aéreas, que subiu 11,9%, representando 0,07 ponto percentual (p.p.) da inflação total do mês.

Os grupos que acumularam os principais aumentos foram os de despesas pessoais (0,77%) e habitação (0,52%), com impacto de 0,08 p.p. cada. Em seguida vieram vestuário (0,49%), transportes (0,22%) e educação (0,01%).

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De acordo com o IBGE, a principal razão para o aumento em despesas pessoais resulta da elevação no subitem hospedagem, com 4,09% — o que representa uma influência de 0,03 p.p no índice. Essa variação foi puxada pelo salto nos valores verificados em Belém (PA), de quase 179%, devido à COP30.

Quanto ao grupo habitação, o IBGE aponta que a variação foi de 0,52% em novembro, influenciada, principalmente, pela energia elétrica residencial, cuja alta foi de 1,27% e 0,05 p.p. de impacto.

No caso de transportes, a variação de 0,22% reflete a alta de 11,9% nas passagens aéreas — este foi o principal impacto individual (0,07 p.p.) no resultado de novembro.

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