O Parlamento da Finlândia aprovou, por 167 votos contra 31, uma lei provisória que permite barrar pessoas em busca de asilo que cheguem pela fronteira do país com a Rússia.

A medida foi tomada após a Finlândia registrar um aumento significativo no número de requerentes de asilo vindos de países como Somália e Síria.

O primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, afirma que a medida é um “recado forte à Rússia e aos nossos aliados” e que a Finlândia vai cuidar de sua própria segurança e da segurança da fronteira da União Europeia.

A lei deve entrar em vigor nos próximos dias e permitirá a Helsinki restringir temporariamente concessões de asilo sob o argumento de risco à soberania e à segurança nacional, sem possibilidade de recurso.

A medida se soma a ações similares adotadas por Polônia e Lituânia, que também restringiram a imigração de pessoas que tentam entrar na União Europeia vindas da Rússia ou de Belarus.

Parlamentares que se opuseram à nova lei argumentaram preocupação com eventuais violações de direitos humanos.

Juristas contrários à medida apontam que ela desrespeita compromissos com os direitos humanos previstos em Constituição e em tratados internacionais, além de afrontar regras da UE.

‘Recado à Rússia’

A lei deve permitir a Finlândia restringir temporariamente concessões de asilo sob o argumento de risco à soberania e à segurança nacional, sem possibilidade de recurso.

Críticos dizem que lei é inconstitucional

Parlamentares que se opuseram à nova lei argumentaram preocupação com eventuais violações de direitos humanos.

“É um dia triste para o Estado de Direito da Finlândia e para os Direitos Humanos”, lamentou o líder da aliança de esquerda finlandesa, Li Andersson.

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Última Atualização: 12/07/2024