Brigadas al-Quds anunciam fim de dossiê sobre presos israelenses

As Brigadas al-Quds, braço armado da Jiade Islâmica Palestina, anunciaram nesta terça-feira (9) o encerramento do dossiê relativo aos prisioneiros israelenses mantidos em seu poder, após a entrega do último corpo na Faixa de Gaza. O grupo pediu que os mediadores e os países garantidores do acordo pressionem “Israel” a cumprir os compromissos assumidos no cessar-fogo.

Em comunicado, o porta-voz Abu Hamza informou que a decisão foi tomada depois da entrega dos restos mortais de um último prisioneiro, na quarta-feira (3), no norte de Gaza. Ele afirmou que todas as organizações da resistência, incluindo as Brigadas al-Quds, “cumpriram integralmente as disposições da primeira fase do acordo de cessar-fogo e do fim da guerra genocida”.

Abu Hamza denunciou que as forças de ocupação violam o cessar-fogo de forma repetida por meio de ataques aéreos e de artilharia, disparos contra deslocados e áreas residenciais e obstrução da entrada de ajuda humanitária, em desacordo com o que foi estabelecido nos entendimentos.

O anúncio ocorreu após a confirmação, em 4 de dezembro, de que o corpo entregue pelas Brigadas al-Qassam (braço armado do Hamas) e pelas Brigadas al-Quds, com intermediação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, era do cidadão tailandês Sudthisak Rinthalak. Ele havia sido capturado na Faixa de Gaza, e sua identidade foi confirmada pelas autoridades sionistas.

Desde o início do cessar-fogo, em outubro, as organizações palestinas libertaram 20 prisioneiros israelenses vivos e entregaram os corpos de outros 27. Segundo as informações disponíveis até 9 de dezembro de 2025, apenas o corpo de um prisioneiro continua desaparecido em Gaza. Hamas e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha realizam buscas no bairro de Zeitoun, na Cidade de Gaza, desde 7 de dezembro, em tentativa de localizar esse corpo. 

As Brigadas al-Quds afirmam que, com a entrega do último corpo sob sua guarda, consideram encerrada sua parte relativa aos prisioneiros e que qualquer avanço dependerá do cumprimento do cessar-fogo por parte de “Israel” e da atuação dos mediadores.

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