91% dos eleitores não se arrependem do voto para presidente em 2022, diz Datafolha

Lula, presidente do Brasil. Foto: Ricardo Stuckert

Uma nova pesquisa Datafolha mostra que o eleitorado brasileiro segue fortemente convicto de suas escolhas na eleição presidencial de 2022. Segundo o levantamento divulgado nesta segunda-feira (8), nove em cada dez brasileiros não se arrependem do voto dado há dois anos, mesmo após episódios de grande impacto político, como a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O levantamento ouviu 2.002 pessoas entre 2 e 4 de dezembro, em 113 municípios, e tem margem de erro de dois pontos percentuais.

De acordo com o instituto, 91% dos entrevistados afirmam não se arrepender, enquanto 8% dizem estar arrependidos e 1% não soube responder. A estabilidade aparece tanto entre eleitores de Lula (PT), com 91% de convicção, quanto entre os de Bolsonaro, com 92%.

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O Datafolha indica que o arrependimento é maior entre moradores do Sul (11%) e entre quem ganha até dois salários mínimos (10%). Em faixas mais altas de renda, como de cinco a dez salários mínimos, o índice de não arrependidos chega a 94%.

A pesquisa também investigou a percepção dos brasileiros sobre a importância da eleição presidencial de 2026. Para 77%, o pleito será “muito importante” para sua vida e a de suas famílias. Outros 14% dizem que será “um pouco importante”, e 8% afirmam que não terá relevância.

O interesse cresce entre grupos politicamente engajados: bolsonaristas registram 85% de preocupação com o próximo pleito, enquanto entre lulistas o índice é de 79%. A faixa etária de 45 a 59 anos é a que mais atribui relevância à eleição (80%), e entre os maiores de 60 anos, 12% dizem não ver importância no pleito.

O levantamento foi realizado logo após a prisão de Bolsonaro, fato que, segundo o Datafolha, não abalou a fidelidade de sua base eleitoral. Apesar de a maioria considerar a prisão justa, o grau de convicção entre seus eleitores permanece semelhante ao dos que votaram em Lula, repetindo o cenário de polarização observada desde 2018.

Nas simulações iniciais para 2026, Lula aparece à frente em todos os cenários testados. O índice de rejeição do presidente, no entanto, segue alto, com 44%, próximo ao de Bolsonaro, que registra 45%.

Para o Datafolha, a forte divisão também se expressa na avaliação do governo: entre aqueles que consideram a eleição de 2026 “muito importante”, há grupos igualmente divididos: 80% classificam o governo Lula como ótimo/bom e outros 80% como ruim/péssimo, um indicativo de que o eleitorado mais mobilizado segue altamente polarizado.

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