Dois dias depois do anúncio oficial pelo Partido Liberal de que Flávio deve ser o candidato da direita apoiado pelo presidiário, o Datafolha mostra os desafios que seu filho mais velho vai enfrentar.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o eleitorado brasileiro tem 158,6 milhões de eleitores. Para que os internautas tenham uma dimensão mais visual da magnitude dos possíveis votos que os candidatos estão mobilizando, fizemos a conversão dos percentuais para número de eleitores.
No primeiro turno com Flávio Bolsonaro como candidato da direita, Lula lidera com 41% (65,03 milhões de eleitores) contra 18% do senador (28,55 milhões de eleitores). Vantagem de 23 pontos percentuais.

Se Eduardo Bolsonaro for o candidato em vez de Flávio, o cenário permanece praticamente idêntico: 41% para Lula (65,03 milhões de eleitores) e 18% para Eduardo (28,55 milhões de eleitores).
Com Michelle Bolsonaro na disputa, ela alcança 24% (38,06 milhões de eleitores), enquanto Lula permanece em 41% (65,03 milhões de eleitores), reduzindo a fragmentação da direita.
Quando Tarcísio de Freitas é testado, ele marca 23% (36,48 milhões de eleitores), ficando próximo de Michelle, enquanto Lula segue em 41% (65,03 milhões de eleitores).
No cenário hipotético com Jair Bolsonaro, o ex-presidente teria 19% (30,13 milhões de eleitores) contra 41% de Lula (65,03 milhões de eleitores).
No segundo turno, um confronto direto entre Lula e Flávio Bolsonaro resultaria em vitória presidencial de 51% contra 36% do senador, diferença de 15 pontos percentuais.

No segundo turno com Eduardo Bolsonaro, o placar seria ainda mais favorável ao presidente: 52% contra 35% do deputado, margem de 17 pontos percentuais.
No segundo turno com Michelle Bolsonaro, ela reduz a desvantagem: 50% para Lula contra 39% para ela, diferença de 11 pontos percentuais.
No segundo turno com Tarcísio de Freitas, ele é o candidato mais competitivo: 47% para Lula contra 42% para o governador, apenas 5 pontos percentuais de vantagem.
No segundo turno com Ratinho Jr., ele fica próximo do governador paulista em competitividade: 47% para Lula contra 41% para o paranaense, margem de 6 pontos percentuais.
No segundo turno com Jair Bolsonaro, Lula vence com 49% contra 40%, diferença de 9 pontos percentuais.
Na rejeição, Jair Bolsonaro lidera com 45% (71,37 milhões de eleitores), praticamente empatado com Lula que marca 44% (69,78 milhões de eleitores).
Entre os filhos do ex-presidente, Flávio tem 38% de rejeição (60,27 milhões de eleitores) e Eduardo, 37% (58,68 milhões de eleitores), enquanto Michelle é rejeitada por 35% (55,51 milhões de eleitores).
Os governadores apresentam rejeição menor: Tarcísio tem 20% (31,72 milhões de eleitores), Zema 21% (33,31 milhões de eleitores), Ratinho Jr. 21% (33,31 milhões de eleitores) e Caiado 18% (28,55 milhões de eleitores).
Lula tem 32% de aprovação (50,75 milhões de eleitores) e 38% de desaprovação (60,27 milhões de eleitores).
Metodologia: A pesquisa do Datafolha ouviu 2.002 eleitores entre terça (2) e quinta (4) de dezembro, em 113 municípios. Margem de erro: dois pontos percentuais.