
A menos de 10 meses até as eleições presidenciais de 2026, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem uma taxa de aprovação de 49% no novo Datafolha, o que consolida a possibilidade de uma reeleição.
Pela primeira vez, a aprovação de Lula aparece numericamente à frente da desaprovação (48%). A mais recente pesquisa revela não apenas uma aprovação considerável, mas também um quadro que mantém a trajetória positiva, mesmo com as dificuldades econômicas e sociais que marcam sua gestão até agora.
O otimismo nas pesquisas e a busca pela estabilidade
O fato de Lula superar o desempenho de seu primeiro mandato em termos de avaliação positiva no mesmo estágio de governo é bom sinal. No geral, a pesquisa revelou que os perfis de aprovação do presidente Lula permanecem consistentes, refletindo as preferências eleitorais amplamente observadas no país.
Grupos como os maiores de 60 anos (40%), os menos escolarizados (44%), os nordestinos (43%) e os católicos (40%) têm uma avaliação positiva do governo, classificando-o como ótimo ou bom.
Por outro lado, setores mais inclinados ao bolsonarismo e ao antipetismo tendem a rejeitar o governo com maior intensidade. A reprovação é mais alta entre aqueles com ensino superior (46%), os que recebem de 5 a 10 salários mínimos (53%), os residentes do Sul (45%) e os evangélicos (49%).
Embora a situação tenha sido mais desafiadora para Lula no início do ano, o cenário atual representa uma recuperação. No começo de 2025, o presidente enfrentou grandes pressões, como a crise do Pix, e viu sua aprovação cair de 35% de ótimo/bom em dezembro de 2024 para apenas 24% em fevereiro, o pior índice registrado em seus três mandatos no Palácio do Planalto.

