Novo voo chega dos EUA à Venezuela com 172 imigrantes em meio a isolamento aéreo

Um avião vindo dos Estados Unidos chegou nesta sexta-feira 5 ao principal aeroporto da Venezuela com 172 deportados, em um momento em que o País ficou praticamente isolado devido à suspensão em massa de voos internacionais após um alerta americano de segurança aérea.

Os voos de deportação que começaram em fevereiro para repatriar imigrantes venezuelanos foram brevemente suspensos depois que o presidente Donald Trump escreveu no domingo em sua rede social que o espaço aéreo sobre a Venezuela estava “totalmente fechado”.

A medida foi tomada em meio a uma crise entre Caracas e Washington, que desde agosto mantém uma mobilização militar no Caribe que inclui o maior porta-aviões do mundo em sua luta contra o narcotráfico.

Um primeiro avião de matrícula americana pousou na quarta-feira com 266 venezuelanos. Outro chegou nesta sexta com 266.

O governo da Venezuela informou que no voo vindo de Phoenix, Arizona, viajaram cinco crianças, 26 mulheres e 141 homens. Com isso, um total de 18.260 venezuelanos foram repatriados até agora em 2025, sendo 14.579 deles dos EUA.

A Administração Federal de Aviação (FAA, sigla em inglês) dos Estados Unidos pediu em 21 de novembro uma intensificação de precauções ao sobrevoar a Venezuela e o sul do Caribe.

Quase todas as companhias aéreas internacionais suspenderam operações por razões de “segurança” e por “intermitências nos sinais de navegação”, o que deixou a Venezuela praticamente isolada.

Trump ordenou em agosto o envio de navios e aviões militares para o Caribe sob o argumento do combate ao tráfico de drogas. Mas o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirma que as manobras militares americanas buscam forçar uma “mudança de regime” no país e se apoderar de suas vastas reservas de petróleo.

Forças militares dos Estados Unidos bombardearam desde 2 de setembro cerca de 21 embarcações no Caribe e no Pacífico supostamente vinculadas ao narcotráfico. Os ataques deixaram pelo menos 87 mortos.

A Venezuela questiona os bombardeios a embarcações, classificando-os como “execuções extrajudiciais”.

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