SPE vê Brasil com sexto maior crescimento do G20

Embora a economia brasileira tenha crescido 0,1% no trimestre, o indicador consolida um carry-over de 2,2% para o PIB anual — ou seja, mesmo que a economia estagne no último trimestre, esse será o mínimo de expansão garantido para 2025, segundo avaliação da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Em relatório, a secretaria afirma que o Brasil cresceu 2,7% ao longo de quatro trimestres, o que coloca o país na sexta melhor colocação dentre os países do G20.

A SPE ressalta que as exportações tiveram desempenho surpreendente, registrando crescimento de 7,2% no trimestre — contribuindo decisivamente para o resultado global.

Destaques

Por um lado, a alta no trimestre foi puxada por agropecuária (+0,4%) e indústria (+0,8%), enquanto os serviços praticamente ficaram estáveis (+0,1%).

Contudo, o relatório aponta que o consumo das famílias desacelerou, consequência da alta da taxa básica de juros (Selic), que pressiona crédito, consumo de bens duráveis e não duráveis e o mercado interno de forma geral.

A SPE também revisou projeções para 2025: espera agora um PIB levemente acima da estimativa anterior — graças à melhora setorial em agropecuária e indústria. A previsão para o PIB da agropecuária e da indústria deve ser elevada, enquanto a de serviços deve recuar, diante do ritmo mais fraco do consumo interno.

Entre resiliência externa e fragilidade interna

Na avaliação da SPE, o resultado confirma que o Brasil continua a contar com um “viés de alta” para o PIB de 2025, amparado pela força das exportações e por setores menos sensíveis à política monetária (como agro e indústria).

Mas o mesmo documento alerta: a desaceleração no consumo doméstico — reflexo dos juros elevados — e a estagnação dos serviços colocam um limite à retomada plena. A economia, portanto, permanece fragilizada para um dinamismo de base mais amplo.

Se depender apenas da demanda interna, o ritmo será lento. Se exportações e produção de setores mais resilientes continuarem fortes, 2025 poderá fechar com crescimento modesto, mas estável — mas com desigualdades de ritmo entre setores.

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