O Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadoras já prepara a realização, em 2026, do Encontro de Parlamentares Jovens do PT. O evento reunirá um público prioritário composto por parlamentares eleitos pelo partido com até 35 anos de idade, nas esferas municipais e estaduais. O grupo de trabalho responsável pela organização do evento reuniu-se em novembro, quando foram iniciadas as deliberações e os encaminhamentos para dar prosseguimento às ações.
O grupo de trabalho preparatório, que foi ampliado, agora é formado por Laércio Ribeiro, secretário nacional de Organização do PT; Ana Júlia Ribeiro, deputada estadual pelo PT-PR e secretária-adjunta da Sorg; os assessores André Oliveira e Marcelo Morais, ambos da Sorg; Lígia Toneto, chefe de gabinete da presidência do PT; Rutierre Coutinho, da Sorg-Paraná; Romênio Pereira, secretário Nacional de Assuntos Institucionais; e João Victor e Luci, membros da direção nacional da Juventude do PT e da coordenação nacional do Programa Representa, respectivamente.
As secretarias estaduais de Organização do PT também estarão envolvidas e terão a missão de fortalecer a mobilização e o mapeamento de parlamentares jovens para a participação no evento nacional, que será realizado em Brasília, com data ainda a ser definida pelo grupo de trabalho.
Perfil dos parlamentares jovens petistas
A Secretaria Nacional de Organização, utilizando a sua base de dados já consolidada, elaborou um relatório intitulado “Perfil dos Vereadores Jovens Petistas (29 a 35 anos)” com o objetivo de subsidiar a comissão organizadora do Encontro de Parlamentares Jovens.
Segundo dados do documento, nas eleições municipais de 2024, o PT alcançou a marca de 562 parlamentares municipais jovens eleitos, com idades entre 18 e 35 anos.
A Sorg fez um diagnóstico inicial sobre a caracterização dos vereadores jovens a partir de variáveis como idade, gênero, raça/cor, região, porte do município, setor de atuação e situação eleitoral. O relatório aborda a identificação das faixas etárias predominantes, bem como os padrões de entrada desses jovens parlamentares na vida institucional. Entre os produtos centrais, o documento incluirá um gráfico de distribuição de idades e analisará as diferenças de representação entre municípios pequenos, médios e grandes, considerando o porte do eleitorado e suas barreiras ou facilidades para a eleição de candidaturas jovens.
Na questão de gênero, por exemplo, o diagnóstico aponta que, dentre os 561 jovens eleitos analisados, apenas 141 são mulheres, com apenas uma mulher trans. Esse recorte aponta para a compreensão de como as desigualdades de gênero implicam no acesso a cargos legislativos, principalmente entre a juventude, cuja faixa etária deveria apresentar maior diversidade, mas que ainda enfrenta barreiras políticas, econômicas e culturais diferenciadas.
O relatório da Sorg também levanta a distribuição racial que classifica os vereadores jovens entre brancos, negros, indígenas, amarelos e aqueles sem informação declarada, com os seguintes números: Brancos (180 homens, 65 mulheres, 1 mulher trans, 3 não binários); Amarelos (7 homens); Indígenas (7 homens, 1 mulher); Negros (199 homens, 69 mulheres, 1 não binário).
Com relação à distribuição territorial dos jovens parlamentares petistas, o levantamento mostra que a presença de vereadores jovens não é homogênea no país. O Nordeste se destaca pela maior quantidade absoluta de jovens eleitos, especialmente em estados como Piauí, Ceará e Bahia, que lideraram em número total de parlamentares com menos de 35 anos. No Sudeste e no Sul, o destaque fica para Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com número expressivo de jovens eleitos, porém proporcionalmente menor em relação ao total de vereadores jovens. Já as regiões Centro-Oeste e Norte apresentam índices menores de representação neste segmento.
Da Redação