Kremlin promove encontro entre Putin e enviado de Trump para tentar selar o acordo de paz

Um acordo de paz sobre a Ucrânia está agora mais próximo do que nunca, mas as medidas tomadas não são suficientes para alcançar um resultado que satisfaça a todos, disse o secretário de Estado americano, Marco Rubio, ao comentar uma reunião de cinco horas entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o enviado especial do presidente americano, Steve Witkoff.

O assessor presidencial russo Yury Ushakov destacou que Putin enviou diversas mensagens políticas importantes ao presidente americano Trump por meio de Witkoff. No entanto, segundo Ushakov, as partes ainda não chegaram a um consenso sobre um plano de paz para a Ucrânia. Concordaram em não divulgar os detalhes das negociações em Moscou.

A agência TASS compilou os principais pontos dos comentários feitos sobre a reunião.

Comentário de Washington

Rubio afirmou que, enquanto estavam em Moscou, autoridades americanas buscaram uma maneira de resolver o conflito na Ucrânia, sendo o principal ponto de discórdia os 20% do território da República Popular de Donetsk que Kiev ainda controla.

O secretário de Estado observou que o governo dos EUA não considerava o apoio contínuo a Kiev uma estratégia realista.

Segundo ele, os Estados Unidos acreditam que a Rússia e a Ucrânia estão agora mais próximas de um acordo de paz do que nunca nos últimos três anos, mas isso não é suficiente para atingir o objetivo final.

Rubio salientou que os EUA continuavam a trabalhar para resolver o conflito, mas que cabia a Moscou e Kiev tomar a decisão de pôr fim a ele.

Declarações de Moscou

Kirill Dmitriev, enviado especial do presidente russo para investimentos e cooperação econômica com países estrangeiros e diretor-geral do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), descreveu a reunião como “produtiva”.

Yury Ushakov, assessor do Kremlin, observou que o encontro entre Putin e Witkoff foi construtivo, útil e substancial. Segundo ele, as partes conseguiram discutir a fundo maneiras de resolver a situação na Ucrânia, com foco especial em questões territoriais.

Ushakov afirmou que a redação específica do plano de paz de Washington não foi discutida, com o foco estando na essência dos documentos relacionados. Ele acrescentou que a Rússia recebeu quatro versões do plano de paz dos EUA para a Ucrânia, além da versão inicial.

Segundo Ushakov, ainda não se chegou a um consenso sobre o plano de paz para a Ucrânia, pois “algumas propostas dos EUA parecem mais ou menos aceitáveis, mas precisam ser discutidas”. “Algumas das propostas que nos foram apresentadas não nos agradam. Dito isso, o trabalho continuará”, explicou Ushakov.

Ushakov recusou-se a especificar as propostas que a Rússia considerou inadequadas: “Concordamos com nossos colegas americanos em não divulgar a essência das conversas que tivemos. Isso é bastante lógico. As conversas foram totalmente confidenciais e sigilosas.”

Ele também afirmou que Putin enviou diversas mensagens políticas importantes ao presidente dos EUA, Donald Trump, por meio de Witkoff.

Os planos de Witkoff

Após a reunião, a delegação americana anunciou planos de retornar diretamente para casa, em vez de viajar para Kiev, disse Ushakov em uma coletiva de imprensa.

O avião de Witkoff não fez nenhuma escala na Europa e foi entregue aos controladores de tráfego aéreo canadenses por volta das 4h45 GMT, disse uma fonte do controle de tráfego aéreo europeu à agência TASS.

Reunião Rússia-EUA

O encontro entre Putin e Witkoff, focado na resolução do conflito na Ucrânia, durou cerca de cinco horas.

A delegação russa também contou com a presença do assessor presidencial Yury Ushakov e de Kirill Dmitriev, enviado presidencial especial para investimentos e cooperação econômica com países estrangeiros e diretor-geral do Fundo Russo de Investimento Direto, enquanto os EUA foram representados por Jared Kushner, empresário, investidor e fundador da empresa Affinity Partners.

Fonte: TASS

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