Reiteradas demoras e obstáculos nas negociações de várias campanhas salariais com o setor de supermercados na Bahia foram o centro da reunião entre a Federação dos Comerciários da Bahia (FEC Bahia) e Jurídico do Sindsuper, que representa as empresas do setor. O presidente Jairo Araújo e os diretores Rafael Sydartha e Fábio Cesar conversaram sobre o problema com dr. Igor Roseno, coordenador jurídico da entidade patronal.

“Nossos sindicatos filiados à Federação têm relatado a demora no processo negocial, pois entregam suas pautas e ficam aguardando a primeira reunião. E quando começam as negociações, os representantes patronais se mostram intransigentes, tanto em cláusulas históricas e pacificadas quanto em relação a conceder um reajuste decente, que reponha a inflação e garanta ganho real”, afirma Jairo Araújo.

Fábio Cesar ressaltou que o setor de supermercados vive um momento próspero na economia e não tem motivos para “obstruir” as negociações. “Inclusive, podem conceder bons reajustes. O setor vive a expectativa de R$ 500 milhões em negócios com a SuperBahia este ano [10 a 12 de julho]. O IBGE mostrou que, comparando as vendas de março/2023 e março/2024, o comércio baiano cresceu 11,1%, segundo melhor entre os estados. O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 19,5%”, destaca.

Segundo Rafael, o representante patronal se comprometeu a dar maior celeridade às negociações. “Foi estabelecido um calendário de reuniões, com possibilidade de fechamento das campanhas salariais com datas base entre março e maio. Que isso seja efetivado para que as entidades assinem as convenções para beneficiar a categoria comerciária em várias cidades baianas”, enfatiza.

Fonte: FEC Bahia

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Última Atualização: 12/07/2024