A Justiça da Itália adiou para 18 de dezembro a audiência que poderá decidir sobre a extradição ao Brasil da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa em Roma desde julho.
A defesa da bolsonarista, condenada à prisão pelo Supremo Tribunal Federal em dois processos, apresentou novos documentos. No dia 18, a Corte de Apelação avaliará se é ou não cabível anexar esses arquivos ao processo.
Caso a Corte rejeite a inclusão das peças, poderá avançar na decisão sobre a extradição. Se, porém, acatar o pedido da defesa, poderá fixar um novo prazo para começar o julgamento. O Ministério Público italiano já informou ser favorável à extradição.
O STF condenou Zambelli a dez anos de prisão por invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça e a cinco anos e três meses de prisão no caso da perseguição armada a um eleitor em São Paulo em 2022.
Em junho, o ministro Alexandre de Moraes pediu ao Ministério da Justiça que iniciasse o processo de extradição. Na ocasião, o magistrado assumiu, em nome do Estado brasileiro, uma série de garantias diplomáticas à Itália, como a de não submeter Zambelli a tortura ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
Desde então, a Advocacia-Geral da União trabalha no processo de extradição para cumprir a determinação de Moraes.