Levantamento aponta que 54% são contra proposta para livrar extremista da cadeia. 61% também não querem perdão a condenados do 8/1

A iminente prisão de Jair Bolsonaro e de outros sete réus envolvidos na trama golpista para assassinar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes tem levado extremistas no Congresso a todo tipo de manobra para atropelar pautas populares em favor do famigerado PL da Anistia. Mas o povo brasileiro já deixou claro: quem atenta contra a democracia não merece perdão. É o que confirma a última pesquisa Datafolha, divulgada no sábado (13).

De acordo com o levantamento, 54% da população são contra anistiar Jair Bolsonaro por tentar dar um golpe de Estado para se manter no poder. 39% são a favor, 2% declararam que não se importam, e 4% não souberam opinar.

Sobre os atos golpistas do 8 de janeiro, a sanha por justiça é ainda maior: 61% se dizem contrários a anistiar os extremistas que depredaram as sedes dos Três Poderes, uma semana após a posse de Lula no Palácio do Planalto. Outros 33% são a favor da anistia.

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Os questionamentos foram feitos com 2.005 eleitores em 113 municípios do país entre os dias 8 e 9 de setembro. Antes, portanto do anúncio da sentença de Bolsonaro. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

Para o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães, o recado das ruas é cristalino. “A maioria absoluta não aceita a impunidade!”, postou o parlamentar, no domingo (14).

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Prisão de Bolsonaro

Os que defendem que Bolsonaro deve pagar por seus crimes também estão em maioria em relação aos que querem vê-lo livre. “O Datafolha também mostrou que a prisão do ex-presidente por tentar o golpe é defendida por 50% dos entrevistados. Outros 43% são contra a medida”, informa a Folha de S. Paulo.

Na quinta-feira (12), em um julgamento histórico, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão, em regime inicial fechado, por tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, por ser líder de Organização criminosa, entre outros crimes. Também foram condenados Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Paulo Sérgio, Almir Garnier, Alexandre Ramagem e Mauro Cid

O STF ainda não definiu onde os condenados irão cumprir suas penas.

Da Redação da Agência PT

 

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Last Update: 15/09/2025