
Por Carla Batista
Da Página do MST
Entre os dias 11 e 15 de setembro, no Centro de Formação Elizabeth e João Pedro Teixeira, em Lagoa Seca (PB), acontece a primeira Escola Regional da Juventude Sem Terra do Nordeste.
A experiência histórica reúne 70 jovens militantes do MST dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Paraíba, que se encontram para afirmar seu compromisso com a luta da classe trabalhadora do campo e com a construção da Reforma Agrária Popular.
A Escola nasce como uma ferramenta de caráter organizativo, formativo, massivo, projetivo e de luta, criada para fortalecer a nossa juventude diante dos grandes desafios colocados pelo tempo histórico. Em tempos de ofensiva do capital, avanço da violência contra o campo e da mercantilização da vida, é tarefa urgente preparar a juventude Sem Terra para assumir, com ousadia e consciência, o protagonismo nas lutas populares.


Ao longo desses dias, a juventude Sem Terra irá tocar experiências sobre a realidade vivida em cada território, socializando os aprendizados e dificuldades da organização em seus estados, e refletindo sobre os caminhos que fortalecem a organicidade do MST no Nordeste. Essa partilha, somada aos debates, tem buscado construir encaminhamentos práticos para a atuação da juventude nas áreas de Reforma Agrária do MST.
“A nossa Escola da Juventude tem sido dias intensos de partilha, de aprendizagem e de construção coletiva do conhecimento. São dias desafiadores, nos quais a juventude assume com autonomia a organização das tarefas, as decisões e os rumos do nosso processo formativo. Cada desafio vivido nos fortalece e nos mostra que somos capazes de conduzir a nossa própria história. Aqui, a formação vai além do estudo: é convivência, trabalho coletivo, cultura e luta”, afirma Adelaide Purificação do Coletivo Nacional de Juventude do MST.



A Escola é também um espaço de mobilização e fortalecimento da juventude Sem Terra, reafirmando a importância da mística revolucionária como alimento da luta e da esperança. Ao mesmo tempo, busca aprofundar a formação política e ideológica, preparando a militância do MST para o enfrentamento da batalha das ideias e para a disputar os rumos da sociedade, sempre em defesa da Reforma Agrária Popular e da transformação social.
“Nosso lema aponta o horizonte: ocupar o latifúndio, partilhar o pão, cuidar da natureza e fazer a revolução. Não são apenas palavras, mas tarefas concretas que assumimos coletivamente como juventude organizada”, conclui Adelaide.
*Editado por Solange Engelmann