
No sábado (13), Valdemar Costa Neto, presidente do PL, comentou a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na cidade de Itu, no interior de São Paulo. A fala se deu no Rocas Festival, um evento com cenário hípico de luxo, que reuniu políticos de destaque da direita.
Costa Neto disse que a decisão do STF quanto ao processo foi exagerada, mas que precisa ser respeitada. Também reconheceu que houve planejamento de um golpe de Estado, mas que a ação não se concretizou.
O debate contou com a presença de governadores cotados para a disputa presidencial de 2026: Ronaldo Caiado (Goiás), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ratinho Jr. (Paraná). Gilberto Kassab, presidente do PSD, e Tarcísio de Freitas, secretário do governo de São Paulo, também participaram.

Valdemar afirmou que o STF teria exagerado nas decisões por contar com o apoio do governo Lula. “O Supremo só está fazendo isso porque tem o apoio do governo, o Lula está do lado deles”, disse ao deputado estadual Tomé Abduch, que mediou o debate com Kassab.
A Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, abolição violenta do Estado democrático de Direito, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado.
Sobre as eleições de 2026, Costa Neto afirmou que confia na união dos partidos de direita e na formação da maioria no Congresso. Para ele, o controle da Câmara e do Senado é essencial para aprovar pautas como a anistia aos envolvidos na trama golpista.
Kassab reforçou sua posição favorável à anistia, embora ainda haja resistência de bolsonaristas mais engajados. Na sexta-feira (12), ele reuniu a bancada federal do PSD para discutir temas do partido, mas a proposta de anistia não entrou formalmente na pauta.
O PSD possui 45 deputados federais e três ministros no governo Lula: Carlos Fávaro (Agricultura), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e André de Paula (Pesca). O partido defende que a proposta de anistia seja votada, mas deixa a decisão livre para seus parlamentares.