Cada vez mais universidades, instituições acadêmicas e órgãos acadêmicos estão cortando laços com a academia de Israel alegando cumplicidade com as ações do governo de Benjamin Netanyahu contra o palestino.
No ano passado, a Universidade Federal do Ceará no Brasil cancelou uma cúpula de inovação com uma universidade israelense, enquanto instituições acadêmicas da Noruega, Bélgica e Espanha cortaram os laços com instituições israelenses.
Já a Universidade de Amsterdã encerrou um programa de intercâmbio de estudantes com a Universidade Hebraica de Jerusalém, e a Associação Europeia de Antropólogos Sociais declarou que vai colaborar om instituições acadêmicas israelenses e encorajou seus membros a seguir o exemplo. Por outro lado, poucas instituições no Reino Unido, França e Alemanha anunciaram corte de laços com a academia israelense
Segundo o jornal britânico The Guardian, o movimento reflete as preocupações em torno das ligações dentro de Israel entre a academia, os militares e o governo – embora nem todos aqueles que tomem medidas contra o território apoiem um boicote acadêmico geral.
Sobre um eventual impacto do corte de laços acadêmicos sobre os pesquisadores em Israel, ou o governo Netanyahu, é uma questão de debate, mas isso pode mudar caso o movimento continue a se espalhar – principalmente devido as colaborações entre instituições israelenses, as universidades da Europa Ocidental e a Ivy League norte-americana.
Dados do Ministério da Saúde de Gaza indicam que mais de 63 mil pessoas foram mortas no território – a maioria delas civis -, mas acredita-se que o número seja muito maior, enquanto partes da região sofrem com uma fome “feita pelo homem”.