O cantor e compositor Siba gosta de dialogar com o público no Carnaval, especialmente por meio de sua música. O início de ano no Nordeste, afirmou em entrevista a CartaCapital, é o período em que “a vida se abre socialmente”.
Agora, ele reúne esse trabalho no álbum Máquina de Fazer Festa, que chega às plataformas de música neste domingo 14. Há também uma edição especial em vinil, com a marca da Três Selos.
O disco tem 12 faixas, entre lançamentos de Carnaval, raridades e gravações históricas de sua trajetória com o Fuloresta, grupo criado por ele há cerca de duas décadas com instrumentistas de música popular.
Entre as músicas que fez para o período de Carnaval, estão no álbum Fazendo o Ar Derreter (2021), A Turma Tá Subindo (2022), Contente Igual um Pintinho (2023), Vodivez (2024), Vaivem (2024) e a faixa-título (2025).
Também compõem o disco Canoa Furada, A Bagaceira, Maria Pequena, Marcha Macia e Vale do Jucá, além de uma versão da clássica Os Melhores Dias de Minha Vida, de Capiba – única composição do álbum que não é sua.
O projeto é, acima de tudo, um ato de resistência, baseado na cultura popular. “O disco é essa construção coletiva que levamos para o espaço aberto na rua, com música, poesia, dança, teatro, fantasia e um conjunto de vozes”, afirma. “A festa popular é central no meu trabalho.”
Siba integra desde o início o Mestre Ambrósio, grupo surgido no movimento Manguebeat. Eles desenvolveram projetos com mestres da música popular e trabalhos solo, como Coruja Muda (2019), analisado em CartaCapital.
“De 2019 para cá, produzi de forma mais fragmentada”, avalia. “Fiz a construção da música em torno da palavra, com um tipo de poética que pratico — pode variar na vestimenta musical, mas tem unidade clara na relação com o texto.”