O veredito histórico que condenou Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe após a derrota eleitoral de 2022 ecoou além das fronteiras brasileiras. Veículos como New York Times, The Guardian, Financial Times, Le Monde e Xinhua classificaram a decisão como “um momento decisivo” para a democracia do país. A sentença reacendeu debates internacionais sobre o futuro do bolsonarismo e a solidez das instituições brasileiras. Confira como a mídia estrangeira retratou o caso:

A repercussão nos Estados Unidos
A Reuters noticiou que “Bolsonaro foi sentenciado a 27 anos após condenação histórica por trama golpista”, destacando que ele se tornou o primeiro ex-presidente brasileiro condenado por atacar a democracia.
A Associated Press (AP) frisou que “quatro dos cinco juízes que analisaram o caso consideraram o político de extrema direita culpado em cinco acusações”, ressaltando que a decisão deve aprofundar divisões políticas e gerar reação negativa do governo norte-americano.
O New York Times afirmou que a condenação “é um marco para a maior nação da América Latina”, lembrando diante de tentativas e golpes com participação militar desde 1889, foi a primeira vez que líderes de uma conspiração foram condenados.
O Washington Post descreveu o julgamento como “um dos mais significativos da história recente do Brasil”.
Já o Wall Street Journal avaliou que “a sentença coloca em xeque o futuro político da direita brasileira”.
A Fox News pontuou que o veredito “intensificou divisões políticas e levantou críticas entre aliados americanos”.
Enquanto isso, a revista New Yorker analisou o impacto de longo prazo e classificou o processo como “um teste existencial para a democracia brasileira”.
A repercussão na Europa
O The Guardian lembrou a força da base eleitoral de Bolsonaro e alertou que o movimento político segue influente, apesar da prisão.
O Financial Times apontou para as implicações políticas e econômicas da condenação, especialmente pelo envolvimento de militares e pela menção a planos de assassinato.
O Le Monde destacou que o julgamento aprofundou divisões na sociedade brasileira: para alguns, um teste vital à democracia; para outros, um julgamento político.
A BBC repercutiu a reação de Donald Trump, que disse considerar o veredito “muito surpreendente” e o comparou à própria experiência: “É muito parecido com o que tentaram fazer comigo. Mas não conseguiram escapar.”
O Le Figaro abriu uma seção dedicada ao caso em seu site. Em uma das matérias, sublinhou que a defesa de Bolsonaro prometeu recorrer “inclusive em nível internacional”.
O espanhol El País, por sua vez, estampou com destaque: “Brasil dá um passo transcendental contra a impunidade”.
Já a rede Al Jazeera ressaltou que a decisão contra Bolsonaro e seus aliados será lembrada como um divisor de águas.
A repercussão na Ásia
A Xinhua noticiou que “Bolsonaro é condenado a 27 anos por tentativa de golpe”, enfatizando as reações diplomáticas em Brasília.
O Times of India destacou que “o Supremo condena Bolsonaro e os EUA criticam a decisão como uma ‘caça às bruxas’”.
A NDTV estampou a manchete: “Bolsonaro é sentenciado a 27 anos de prisão em caso de golpe”, acompanhada por imagens de protestos no Brasil.
O julgamento
Além de Jair Bolsonaro, também foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF): Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Braga Netto, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres, Mauro Cid e Almir Garnier.
A maioria da Primeira Turma considerou que os réus praticaram os crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
No caso de Alexandre Ramagem, deputado federal em exercício, a decisão restringiu-se a três acusações: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Por decisão da Câmara, ele foi beneficiado com a suspensão de parte das imputações feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
O único voto divergente foi do ministro Luiz Fux, que defendeu a absolvição de Bolsonaro, Ramagem, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira, Anderson Torres e Almir Garnier de todos os crimes. Para ele, apenas Mauro Cid e Braga Netto deveriam ser responsabilizados, e exclusivamente pelo crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
Nota da redação: Este texto, especificamente, foi desenvolvido parcialmente com auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial na transcrição e resumo das entrevistas. A equipe de jornalistas do Jornal GGN segue responsável pelas pautas, produção, apuração, entrevistas e revisão de conteúdo publicado, para garantir a curadoria, lisura e veracidade das informações.