O Plebiscito Popular 2025 terá mais tempo de participação. Os organizadores anunciaram nesta quarta-feira (10) que o prazo de votação, antes previsto para terminar em 7 de setembro, foi prorrogado até 12 de outubro. A decisão, segundo as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo — responsáveis pela iniciativa lançada em 1º de julho —, busca ampliar a mobilização e dar mais oportunidade para que a população participe.
A pesquisa pública busca saber a opinião da população sobre o fim da escala 6×1, a redução na jornada de trabalho e o Imposto de Renda (IR) mais alto para quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, com isenção para que de até R$ 5 mil. Os temas têm impacto direto na qualidade de vida da classe trabalhadora.
Como votar
A votação é aberta a todos os brasileiros e pode ser feita pelo site Vota Bem. Também estão espalhadas 10.045 urnas em 1.315 cidades de todos os estados. Ao votar, os participantes respondem a duas perguntas centrais:
- Você é a favor da redução da jornada de trabalho sem redução salarial, e pelo fim da escala 6×1?
- Você é a favor de que quem ganhe mais de R$ 50 mil pague mais imposto, para que quem recebe até R$ 5 mil não pague imposto de renda?
Mais tempo para massificar a campanha
A prorrogação visa a mobilizar o debate na sociedade para pressionar o Congresso, e impedir que deputados da direita e extrema direita forcem o recuo na taxação dos mais ricos como medida de compensação para a isenção do IR. O relatório aprovado na comissão especial da Câmara tributa 141 mil privilegiados, que ganham mais de R$ 600 mil por ano, para beneficiar 15 milhões de pessoas.
Com a prorrogação, os organizadores esperam também fortalecer a divulgação e vincular o plebiscito a outras lutas em curso, como a defesa da soberania nacional diante das políticas de Donald Trump e a resistência contra grupos golpistas no Brasil. A expectativa é de que os 35 dias adicionais aumentem significativamente o número de votos.
Mobilização plural
O Plebiscito Popular 2025 conta com apoio de movimentos sociais, centrais sindicais, organizações juvenis, artistas, entidades religiosas e partidos progressistas. A proposta é usar a votação como instrumento de pressão política por reforma tributária justa, melhoria da qualidade de vida e construção de um Brasil mais igualitário e democrático.