Após divergência de Fux, cresce expectativa para possível maioria de ministros favoráveis à condenação do ex-presidente

julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus aliados mais próximos, acusados de tentativa de golpe de Estado, entra nesta quinta-feira (11) no quinto dia. A partir das 14h, a ministra Cármen Lúcia começa a apresentar seus votos na sede do Supremo Tribunal Federal (STF), cuja Primeira Turma, composta por cinco ministros, é responsável por decidir o futuro do ex-capitão.

Inicialmente, a sessão desta quinta começaria às 9h. Entretanto, o ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do Supremo, decidiu suspender as atividades da manhã por conta do longo voto de Luiz Fux na véspera. O ministro, que começou a falar às 9h da manhã de quarta-feira, encerrou suas manifestações poucos minutos antes das 23h. Ele votou pela absolvição total de Bolsonaro e de cinco de seus aliados. Nos casos de Mauro Cid e Walter Braga Netto, defendeu a condenação por apenas um dos cinco crimes denunciados.

“Ninguém pode ser punido simplesmente por ser merecedor de pena de acordo com as nossas convicções morais, ou mesmo segundo a sã consciência do povo, porque praticou uma ordinarice ou um fato repugnante, porque é um canalha, porque é um patife, mas só o pode ser punido quando tenha preenchido os requisitos daquela punição descritos no tipo que é a hipótese legal de uma lei penal”, analisou.

Por conta da manifestação divergente de Fux, cresce a expectativa pelos votos de Cármen Lúcia e também de Cristiano Zanin, últimos dois ministros a revelarem como julgam os acusados. Se ao menos um deles defender que Bolsonaro é culpado, o ex-presidente será formalmente condenado.

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Last Update: 11/09/2025