Na noite desta segunda-feira, 8, o principal barco que compõe a Flotilha Global Sumud para Gaza, o barco “Family”, foi alvo de um ataque aéreo enquanto estava no Mar Mediterrâneo, na costa da Tunísia. Imagens captadas do ataque mostram que a embarcação foi provavelmente alvo de drone. Desde o início da organização do movimento, o Estado de Israel vem ameaçando a flotilha e seus participantes.

Segundo comunicado oficial da organização da Flotilha, “o ataque provocou um incêndio que foi extinto pela tripulação que se encontrava no local”. Relatos dão conta que seis tripulantes ocupavam a embarcação no momento do ataque, mas felizmente não houve feridos. O barco atingido é o que levava o brasileiro Thiago Ávila e a ativista Greta Thunberg, entre outros ativistas que tentam furar o bloqueio imposto pelo Estado nazifascista de Israel a Gaza.

Crime de guerra (mais um)

A flotilha partiu de Barcelona e Gênova no início de setembro rumo aos territórios ocupados, levando ativistas de 40 países e ajuda humanitária. Na cidade do Estado Espanhol, a partida das embarcações foi acompanhada por um multidão em apoio ao povo palestino. Após uma semana de viagem, atracaram no porto de Tunísia, sendo recebidos com massivas manifestações de apoio, e de onde partiriam no próximo dia 10. Embarcações da Sicília, Grécia e da própria Tunísia devem se juntar à flotilha nos próximos dias, aumentando a pressão contra o Estado de Israel.

O ataque sofrida pela flotilha nesta segunda demonstra o crescimento do movimento contra o cerco sionista a Gaza, mobilização que vem recebendo apoio de massas em várias partes do mundo, e cresce a cada dia. O Estado criminoso de Israel, por sua vez, escala suas ameaças contra a flotilha e seus integrantes. Se confirmado que o ataque partiu de um drone israelense, como apontam todas as evidências, será mais um crime desse Estado genocida, que não respeita a soberania dos países, ou qualquer fronteira, para atacar os que protestam contra o genocídio e a limpeza étnica em Gaza e em toda a Palestina histórica ocupada.

O governo Lula, além de não ter rompido com o Estado de Israel, segue abastecendo o enclave sionista com petróleo, que abastecem os tanques de guerra que massacram crianças palestinas. Nem mesmo os assassinatos de brasileiros foram capazes de fazer com que o governo mudasse de posição. O assassinato de brasileiros pelo Estado de Israel, como o adolescente Walid Khaled Abdullah Ahmed, de 17 anos, morto por desnutrição numa prisão israelense em abril passado, permanece sem resposta. Dois adolescentes brasileiros também foram assassinados pelas IDF no ano passado, durante o ataque ao Líbano. Agora, o Estado de Israel lança um ataque que poderia custar a vida de ao menos 13 brasileiros que compõem a flotilha.

Ruptura de todas as relações já!

Se o genocídio em Gaza já é motivo mais do que suficiente para a ruptura de todas as relações com o Estado de Israel, o assassinato e o ataque direto a brasileiros torna uma obrigação do Estado brasileiro em proteger seus cidadãos, reforçando a necessidade da ruptura completa de todas as relações com esse Estado genocida. É uma vergonha o governo se calar diante do assassinato de compatriotas, ainda mais de crianças e adolescentes. É preciso exigir a ruptura das relações comerciais, diplomáticas, militares e acadêmicas.

Os representantes desse Estado no Brasil deveriam ser detidos e responsabilizados pelo assassinato, e tentativa de assassinato, de cidadãos brasileiros. Ao não fazer nada, o Estado e o governo brasileiro tornam-se cúmplices desse genocídio e dos sucessivos crimes de guerra de “Israel”.

Todos às ruas dia 13

No próximo dia 13 ocorrerão manifestações em todo o planeta em apoio à Global Sumud Flotilla. Em São Paulo, o ato começa a partir das 14h na Praça Roosevelt, no centro da cidade.

Palestina livre, do Rio ao Mar!

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Last Update: 09/09/2025