Parlamentar argumenta que ex-ministro da Previdência no governo Bolsonaro não pode exercer, ao mesmo tempo, papel de investigado e de investigador
Durante a sessão da CPMI do INSS realizada nesta segunda-feira (8/9), o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) pediu o afastamento do senador Rogério Marinho (PL-RN) da comissão.
O argumento central do parlamentar é que Marinho, que foi ministro da Previdência e do Desenvolvimento Regional durante o governo de Jair Bolsonaro, não reúne condições de integrar a CPMI na condição de investigador, já que sua gestão está diretamente relacionada ao período e aos fatos que hoje são alvo de apuração.
“O senador Rogério Marinho não pode ser, ao mesmo tempo, investigado e investigador. Sua participação nesta CPMI compromete a credibilidade dos trabalhos e a isenção das análises que estamos fazendo. É preciso garantir que a comissão atue com total transparência e imparcialidade diante de um dos maiores esquemas de fraudes contra o INSS já registrados”, afirmou Paulo Pimenta.
Fraudes
A CPMI do INSS investiga denúncias de fraudes bilionárias envolvendo benefícios previdenciários e descontos irregulares em aposentadorias e pensões. O pedido de afastamento busca assegurar que o colegiado mantenha independência em relação a figuras que exerceram papel central no período em que os ilícitos teriam ocorrido.
A presença de um ex-ministro diretamente ligado à área investigada cria um claro conflito de interesses e pode fragilizar o andamento das apurações.
Assessoria de Comunicação deputado Paulo Pimenta