Gleisi Hoffmann – Foto: Reprodução

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou neste sábado (6) que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), defende um projeto que teria como consequência ampliar a desigualdade social no Brasil. A declaração foi publicada em seu perfil no X, acompanhada de críticas diretas ao aliado de Jair Bolsonaro.

Segundo Gleisi, Tarcísio apresentou como prioridades, caso fosse presidente, conceder indulto ao ex-chefe do Executivo e substituir a atuação do Estado pela lógica de mercado. Para a ministra, essa visão compromete políticas de redução de desigualdade.

As críticas foram feitas após Tarcísio defender, um dia antes, que a diminuição das disparidades deve ser conduzida pelo mercado e não pelo Estado. Gleisi rebateu lembrando que o túnel Santos-Guarujá, apontado pelo governador como símbolo de sua gestão, só será viável porque recebe mais de R$ 5 bilhões de recursos públicos, o que representa 85% do investimento.

A ministra ressaltou que a obra faz parte do PAC 2 e destacou que o Porto de Santos, essencial para a construção, não foi privatizado, como defendia Tarcísio. Para ela, o exemplo mostra que grandes empreendimentos de interesse público dependem da atuação estatal.

Gleisi afirmou ainda que apenas o Estado “governado democraticamente” pode reduzir desigualdades. “A lógica do mercado é o lucro, a concentração de renda ao custo da injustiça social. Foi o que Bolsonaro e Guedes fizeram, levando o Brasil de novo para o Mapa da Fome, e que Tarcísio, o candidato fantoche, pensa em repetir”, escreveu.

Ela concluiu dizendo que indultar Bolsonaro e adotar políticas que aumentam a desigualdade formam o “programa de governo” de Tarcísio, mas não representam, em sua avaliação, o projeto do país.

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Last Update: 06/09/2025