De Brizola à criação da UDR, na trajetória política de Caiado

Durante o Conexão Empresarial realizado nesta terça-feira (2), no Centro de Referência do Queijo Artesanal, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (foto/reprodução internet), fez uma retrospectiva de sua vida política, ressaltando o ano de 1986 como marco pela fundação da União Democrática Ruralista (UDR) e os avanços no entendimento sobre o direito de propriedade. Aos 39 anos, candidatou-se pela primeira vez à presidência da República, o que ele considera que foi uma oportunidade ímpar de debater com figuras históricas como Leonel Brizola. Bem-humorado, ele contou que o pai era contra sua candidatura.

O governador de Goiás não poupou alfinetadas – porém, de forma elegante – ao presidente Lula por meio de frases como “um candidato precisa ter autoridade moral e intelectual, o país está ficando ingovernável na gestão pública” e “ao invés do estado de direito temos o estado do crime”, referindo-se à infiltração do crime organizado nas atividades econômicas.

Questionado sobre a possibilidade de haver mais de um candidato da direita concorrendo no pleito de 2026, Caiado afirmou não ver problema algum, uma vez que a probabilidade é de haver uma migração de votos em direção daquele que se mostrar mais apto ao segundo turno. Sobre a possibilidade de composição de chapa com Romeu Zema, governador de Minas Gerais, Ronaldo Caiado apontou que o mineiro já havia anunciado sua candidatura. Entretanto, mais de uma vez ele referiu-se à importância de Minas Gerais para o cenário político: “Política, no Brasil, começa e se ganha em Minas Gerais.”

 Frases de Ronaldo Caiado

“A capacidade do governo Lula de transmitir a responsabilidade a terceiros é impressionante. Este é o caso, por exemplo, da taxa de juros em 15% ao ano.”

“Assistimos o Brasil caminhar para o endividamento. O governo federal não tem limites em sua prática, a meta é se manter no poder.”

“O presidente não tem capacidade de ouvir seu ministro da Fazenda, prefere ouvir o marketeiro e fazer campanha para 2026.”

“Ninguém é a favor do tarifaço. E ninguém, mais do que nós, é a favor da soberania brasileira.”

“Quando assumi o governo estadual, há quase oito anos, Goiás era um estado com alto índice de criminalidade. Tomei uma decisão: ou o bandido muda de profissão ou muda de Goiás.”

“O único negócio que não deu certo em Goiás é o de carros blindados.”

“Vivemos uma anarquia no sistema político brasileiro: deterioração completa dos poderes e um país cada vez mais ingovernável.”

“Não dá para fazer política na teoria. Política tem que ser a vida como ela é.”

“Sou candidato a um único mandato para realizar reformas que tenho a fazer, dentro daquele tempo. A principal delas é a do fim do endividamento do Estado.”

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